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Praias cheias, parques cheios, calor, o verão caiu neste domingo em Curitiba e no Atletiba no Alto da Glória.

Menos gente do que o tradicional clássico merecia e futebol medíocre que ninguém merecia.

Foi um jogo lento, burocrático e sem iniciativa de nenhum jogador. Ou, justiça seja feita ao gringo Ariel: como ele é esforçado. Mas só isso. Pior os outros que nem se esforçaram, ou bocejaram, como Ferreira, Marlos, Julio dos Santos, Pedro Ken e tantos mais sonolentos quanto.

Na soma de zeros que resulta em zero, o placar final e pouco a acrescentar. Porém, por dever de ofício devo emitir um conceito sobre o jogo, o primeiro clássico da temporada estadual.

Sorte de quem viu o jogo no estádio, pois lá, apesar do baixo nível técnico do espetáculo, o sujeito se descontrai, pode comer pipoca, bife sujo, sorvete, essas coisinhas que fazem o tempo passar. Mais dramático é acompanhar o jogo pelo rádio, pois os locutores incendeiam o aparelho na tentativa de vender o seu peixe. Eu sei como funciona, pois sou do ramo: se não der ritmo na transmissão e criar algum tipo de expectativa, o ouvinte se desinteressa e desliga. Ou, mais grave, muda de estação.

Como vi o jogo pela televisão, com direito a replay, na narrativa sonora do classudo Luis Augusto Xavier e com comentários precisos de Nivaldo Carneiro, permiti-me a pipoquinha e o sorvete, que, cá entre nós, foi a melhor parte da tarde.

Ah, o jogo. Pois é, houve o jogo e nele se esperava que os talentosos Marlos, Pedro Ken e Marcos Aurélio colocassem o Atlético na roda, sobretudo porque contaram com o eficiente apoio dos esforçados alas Marcos Gabriel e Guaru. Mas que nada. Do outro lado, zero de criatividade, nem dos armadores e muito menos dos alas. Alberto transformou-se em uma espécie de instituição atleticana: corre, luta, não completa as jogadas, mas merece a consideração da galera pelo passado glorioso. Netinho nem se destacou pela bola parada e muito menos pela ação coletiva, substituído por Alex Sandro, que, em pouco tempo, rendeu mais.

Sem qualidade no meio-de-campo, Coritiba e Atlético arrastaram-se e não criaram nenhuma situação real de gol. Vanderlei e Galatto, dois ótimos goleiros, nem chegaram a sujar os uniformes diante da indigência técnica dos ataques.

Geninho e Ivo, discretos, acompanharam o jogo sem maiores emoções. O técnico atleticano anda precisando de um regime e o técnico coxa-branca de cuidados médicos já que a sua rouquidão está se tornando crônica.

Esperanças renovadas com as substituições realizadas pelos treinadores, afinal Lima entrava para resolver e Carlinhos Paraíba para mostrar que ainda tem estoque para continuar merecendo a confiança dos coritibanos. Nada aconteceu. 0 mais 0 é igual a 0, a nota do primeiro Atletiba do ano.

Muito boa a arbitragem de Evandro Rogério Roman, um craque do apito nacional.

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