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Finalmente a temporada 2009 de Fórmula 1 começou. O GP da Austrália nos trouxe algumas surpresas positivas e negativas. De qualquer maneira, não podemos julgar o resultado da corrida como verdade absoluta no desempenho de equipes e pilotos. A vitória de Button pela Brawn foi incontestável, mas temos mais equipes que estão no páreo.

O que vimos desde a largada, em Melbourne, foram erros de muitos pilotos e equipes. Barrichello é um exemplo. O brasileiro, que ocupava a segunda posição no grid, largou mal e fez um "espalha" para um monte de carros na primeira curva. Entre os prejudicados estavam Felipe Massa, Kimi Raikkonen e Nico Rosberg. Os dois pilotos da Ferrari bem que tentaram acompanhar o ritmo de Button, mas o desgaste excessivo dos pneus macios fez a equipe italiana adiantar o pit stop para colocar pneus duros. Lógico que Raikkonen errou e prejudicou a própria corrida. Por meio de Massa, vimos que a Ferrari tem muito a fazer para voltar a vencer. Dos carros que não usam o polêmico exaustor de ar, a Ferrari dá indício de ser a melhor. O que está realmente preocupando Massa é a confiabilidade do F60, que deixou o brasileiro "na mão".

Quem merece um olhar mais cuidadoso é a Williams e a Toyota. Rosberg fazia uma corrida impecável até parar no box pela primeira vez; o erro da equipe na troca dos pneus tirou qualquer chance de pódio ou vitória do piloto alemão. Antes de parar, Rosberg chegava com facilidade nos outros carros. Ficava meia volta longe e já na reta estava colado em Ferrari, BMW ou qualquer outro que não usa o exaustor. Isso aconteceu também com as Toyotas.

Aliás, a polêmica criada por causa desta peça está tomando uma repercussão que não merece. Se a Fórmula 1 se vangloria por desenvolver tecnologia e pesquisas, não consigo entender por que as outras equipes estão reclamando da tal peça e pedindo que ela seja proibida. Ferrari, Renault, BMW e cia. devem abaixar a cabeça, produzir algo semelhante e ponto final! Mas é divertido ver equipes pequenas andando na frente, dá gosto ver as grandes equipes batendo a cabeça para se encontrar e tirar a diferença.

Entre os pilotos, o destaque positivo ficou para Hamilton. Correu no limite do carro e se aproveitou da afobação e erro dos outros para cruzar a linha de chegada em quarto (Hamilton ficou em terceiro na classificação após a desclassificação de Trulli). Outro que merece a atenção é Fernando Alonso. Com a carroça da Renault ninguém conseguiria marcar pontos, mas Fernando consegue.

Os destaques negativos vão para Barrichello, Kubica, Vettel, Sato e Piquet.

Com toda a experiência que Rubinho tem, não se pode admitir uma largada desastrosa, e uma corrida esbarrando em uma porção de carros. Barrichello foi segundo mais por circunstâncias do que pelo próprio desempenho. Kubica e Vettel protagonizaram cenas excelentes, mas tecnicamente jogaram suas corridas no lixo se enroscando e batendo um contra o outro. Sato não vale a pena comentar; errou sozinho. Nelson Ângelo Piquet errou feio: colocou a culpa nos freios, que estavam frios, mas será que os freios dos outros não estavam com temperatura parecida? Seria mais digno assumir o erro por ter saído da prova. Por hoje é só. Nos encontramos no GP da Malásia, com a expectativa de mais uma corrida com altos e baixos para equipes e pilotos.

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