Cingapura nos reservou um GP cheio de alternativas, erros e também perspectivas. Desde o início dos treinos, a maior preocupação era com a iluminação da pista e com as ondulações do traçado. A iluminação mostrou-se eficiente e o asfalto na maior parte do circuito também colaborou. Lógico que não foi um tapete de asfalto, mas para uma pista de rua está acima da média.
Sobre a corrida, gostaria de citar uma conversa que tive com alguns amigos no sábado: uns me perguntavam sobre como seria uma corrida noturna, outros me perguntavam novidades nos carros da Ferrari e McLaren. Uma pergunta (dentro de uma discussão de barzinho) me chamou a atenção: o Felipe Massa é o favorito? Respondi que sim. Caso a corrida fosse normal e dentro de condições normais, o brasileiro venceria com uma diferença apertada sobre Hamilton.
O que aconteceu? Até a rodada do Piquet, o GP se encaminhava normalmente, com Massa liderando e abrindo pouco para Hamilton. Então, veio a bandeira amarela e a lambança nos boxes que a Ferrari proporcionou.
A corrida do brasileiro acabou logo no primeiro terço e, incrivelmente, até Hamilton foi prejudicado. Isso porque o inglês não conseguiu revertera adversidade da pista em vitória e teve que se contentar com o terceiro lugar. Com Massa fora da briga, Lewis teria que assumir a ponta da prova e seguir livre para a vitória.
Não aconteceu porque Alonso e Rosberg estavam atentos e tiveram a chance de aproveitar a bandeira amarela no momento certo (mesmo com a punição de Nico). Então, voltando à conversa de sábado à noite, Massa perdeu um GP mais por causa do acaso do que pelo desempenho do piloto e carro na pista. Hamilton não venceu pelo mesmo motivo e Fernando Alonso mostrou por que é dono de dois mundiais de pilotos.
A vitória foi perfeita da Renault? Não. Quem venceu foi um bicampeão que está andando muito mais do que o limite do carro. A equipe ajudou, mas esta vitória tem mais mérito de Fernando.
Sobre a Ferrari, dois itens ficam bem claros: Felipe Massa tem que ser considerado o primeiro piloto e ter 100% das atenções se o time italiano deseja conquistar o Mundial. O segundo fator é que os erros bobos continuam acontecendo e tiram pontos e colocações preciosas do brasileiro. Que falta faz o Jean Todt...
Permitam-me apenas um comentário sobre Raikkonen: Adianta trabalhar para um piloto que perde a chance de pontuar ou está completamente desfocado? Realmente, neste ano, o caminho é Felipe Massa.
O Mundial de pilotos fica com uma diferença de sete pontos entre o inglês e o brasileiro. Faltando apenas três etapas, podemos dizer que Hamilton já colocou uma mão no troféu, mas Felipe vai lutar até o fim para reverter esta posição. Só nos resta saber se a Ferrari vai colaborar com isso ou não.
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