Tudo se resume a uma simples corrida

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GP da Itália na maioria das vezes é assim mesmo: to­­dos largam e quem passa da primeira volta fica na mesma posição até o fim da corrida. Foi assim neste ano. Salvo a boa largada de Button, que assumiu a ponta, e Vettel, que fez uma brilhante estratégia de corrida. Alonso e a Ferrari trabalharam bem antes e na parada dos boxes, dando a terceira vitória do ano para o espanhol e para a Ferrari.

Aproveitando que este GP foi pouco movimentado, tentarei responder às dúvidas sobre o julgamento da Ferrari sobre o jogo de equipe. Partindo do princípio que na Fórmula 1 sempre existiu jogo de equipe e que todos fazem até hoje, mas que agora existe uma regra que proíbe tal manobra, as coisas ficaram um tanto "discutíveis".

Não quero entrar no mérito de que a Ferrari merecia alguma punição ou não. A tal regra proíbe o jogo de equipe, mas em momento algum o artigo n.° 39.1 diz que esse tipo de punição deve ser aplicada a pilotos e equipes. Então fica mais que óbvio que é proibido, mas não se ganha penalização alguma.

Ponto final! O que chega a ser irritante são as declarações dadas pela FIA e Ferrari após julgamento. Entre elas, a pior foi que a mensagem dada ao Massa era de incentivo para ser mais rápido e que o piloto reagiu mal ou algo assim. Chega à beirar o ridículo.

O que gera mais polêmica quanto estas ordens é a maneira como se executa. A Ferrari nunca se preocupou em fazer as "estratégias" discretamente. Sempre foi descarado mesmo. É isso que faz muita gente torcer o nariz e se sentir como trouxa. A McLaren fez o mesmo em 1998 e percebeu que não pegava bem para a imagem da equipe fora das pistas.

Então o que tem de errado na F1 não é o jogo de equipe. O que está errado é o controle e declarações bizarras da FIA, que armou um circo inteiro sobre o caso da Alema­­nha e, no final, soltou declarações e justificativas hipócritas. Sincera­­mente, o julgamento e as declarações me fizeram rir muito.

E convenhamos quem achou o fim do mundo Massa abrir para Alonso, que não acompanhe mais F1, porque no final das contas tu­­do se resume a uma simples corrida.