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A seleção brasileira de­­monstrou, no mínimo, maturidade ao vencer a Argentina, em uma partida que certamente ocupará um capítulo de destaque no registro desse esporte mundial. Explico por quê.

O clima que se criou em torno desse jogo era para funcionar como um elemento de desestabilização do time do Dunga.

Nesse sentido, o senhor Diego Maradona se valeu de algumas provocações improcedentes e armou um verdadeiro arsenal para medir até que ponto a seleção brasileira suportaria a pressão do Estádio Gigante de Arroyito, em Rosário. Tudo isso para intimidar o Brasil e, de certa forma, camuflar as deficiências de um time que ele treina e teima em considerar melhor do que na realidade tem se apresentado.

Já pelo Brasil, o técnico Dunga traçou uma estratégia que dava aos argentinos um falso domínio da situação, principalmente quando Messi e Verón estavam com a posse de bola, mas não encontravam o espaço para articularem as jogadas para os atacantes Tévez e Maxi Rodríguez.

E, em perfeita sintonia com esse plano de ação elaborado por Dunga, os volantes brasileiros Felipe Melo e Gilberto Silva protegiam a entrada da área com os zagueiros Lúcio e Luisão, não permitindo aos gringos nenhum tipo de liberdade.

Além disso, os laterais Maicon e André Santos desempenharam a contento suas funções, sendo que ao sair um em apoio ao ataque, o outro ficava mais preso na marcação, o que estimulava a velocidade empregada por Kaká, puxando os contra-ataques que resultaram na vitória histórica do Brasil.

Prova dessa sintonia dos pentacampeões é que mesmo quando os argentinos marcaram o gol, a confiança dos brasileiros era tamanha que, imediatamente, Luís Fabiano, numa combinação com Kaká, intimida o time de Maradona com um golaço, milimetricamente calculado, presenteando não apenas toda uma nação, mas, sobretudo, a Dunga pela eficiência dos serviços prestados.

Agora, caro leitor, é só carimbar o passaporte para a terra do Mandela.

Ariel, o dono da bola

O Coritiba foi a Goiânia e encarou o Goiás, em igualdade de condições técnicas e táticas, o qual entrou em campo ostentando a posição de favorito.

Curiosamente, quem abriu o marcador foi Ariel, para a equipe coxa-branca. Talvez por ser argentino, o Goiás julgasse que Ariel estivesse vencido (a exemplo da seleção dele) e o deixou com espaço necessário para que ele segurasse a marimba do Alto da Glória. Ora, o gringo estava a todo vapor, perdeu dois gols e fez outros dois extremamente significativos para o Coritiba.

É fato que o jogo terminou empatado, mas quando Ariel fez o segundo gol, agora de bicicleta (fantástico!), com direito a matar a bola no peito e tudo mais, deu ao torcedor coxa-branca a sensação de vitória, tamanha a beleza da jogada, o que não é para qualquer um. É isso.

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