E o Coritiba é o campeão da Série B de 2007. Até que enfim! Se, por um lado, perdeu-se uma comemoração planejada no Alto da Glória, adiando a magia daquele momento para um pouco depois, por outro lado, o jogo de ontem recuperou toda emoção do Couto Pereira, reforçada pelo desempenho do Ipatinga em Jundiaí.

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Uma energia inenarrável, caro leitor. Principalmente, nos minutos finais, como você pôde conferir. Antes de a bola rolar, no entanto, o clima esteve tenso, depois do desentendimento entre o diretor João Carlos Vialle e o técnico René Simões. Ainda bem que isso em nada influenciou na batalha do Arrudão, pois o time coxa-branca foi valente e venceu o Santa Cruz, o qual tinha como maior motivação um "bicho" oferecido pelo Ipatinga, já que o time da cobra coral, rebaixado estava para a Terceira Divisão.

Num determinado ponto da partida, essa gratificação parecia consolidada, até que o zagueiro do Coritiba desmontou o acordo, abrindo o placar. Aí começou a anunciada festa, porque, vencendo, de nada adiantaria o Ipatinga passar pelo Paulista. O Santa Cruz, porém, no segundo tempo, chegou ao empate, com o erro do árbitro Paulo César de Oliveira. No lance, o atacante Nildo fez uma falta escandalosa no goleiro Édson Bastos.

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E o pior estava por vir: Max virou para os pernambucanos dando ao cenário uma aparência de causa perdida para o Coritiba. No desespero, René Simões colocou em campo Edmílson, Caíco e Henrique Dias – peças fundamentais para vitória coxa branca – que teve força, equilíbrio e inteligência emocional para chegar ao título. Deve-se considerar, no entanto, uma tremenda injustiça cometida pelo sr. René Simões. Há aproximadamente 20 dias, o treinador coxa declarou que o Anderson Lima merecia uma estátua no Coritiba, por conta da luta empenhada por esse atleta durante todo campeonato, quando das 38 partidas disputadas, ele jogara 33.

Ora, após a derrota para o Marília, esse Anderson que deveria ser eternizado, passou a ser o único responsável por aquele tropeço, dado que foi o único sacado, ficando, despistadamente, com a camisa cinco, no banco de reservas, não aparecendo sequer na foto de campeão. O que é isso, treinador? Como o sr. mesmo afirmava há poucos dias, esse jogador vestiu sempre a camisa coxa com amor, com dedicação, procurando dar-se por inteiro em todos jogos disputados.

Hoje, como premiação, ele tem a desagradável surpresa de acordar-se e se ver excluído do quadro de campeões que tanto ajudou a compor. O fato exige retratação. É só.