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Há jogos que se notabilizam, que constroem histórias, como foi o caso de Coritiba e Portuguesa no Couto Pereira, nessa última terça-feira, pela série B. Uma noite de gala. De gala, porque longe da tristeza dos vencidos, o que houve foi muita alegria dos dois lados: enquanto a Lusa explodia de alegria no vestiário, pois estava decretada sua presença no grupo de elite do futebol, o Coritiba festejava com seus torcedores uma vitória espetacular que o deixava a uma vitória da conquista do título.

A torcida coxa, mais uma vez, deu o tom da festa, deixando bem claro, desde o início, porque o Verdão é líder e porque deve ser o campeão dessa série. Ainda houve um certo estranhamento entre os técnicos René Simões e Vágner Benazzi – troca de palavras menos cordiais – mas que foram abafadas pelas emoções dos dois times.

No campo, aí são outros quinhentos. A equipe visitante chegou falando muito, jogou pouco, não rendendo o que dela se esperava, em função do posicionamento dos donos da casa. O técnico René Simões, diferente das partidas anteriores, quando jogava no 3-5-2 ou 3-6-1, desta vez, escalou seu time no 4-4-2, em função dos desfalques de Anderson Lima, Henrique e Veiga, que cumpriam suspensão automática. E se deu bem. Foi uma apresentação impecável, a melhor deste Brasileirão. Prova disso foi a atuação de alguns jogadores. Ora, o próprio Ivo que, embora tenha sido expulso, foi exemplo de voluntariedade, de garra e de determinação.

Os zagueiros Dezinho e Jéci, com boa marcação, anularam Diogo – atacante da Lusa. Pela ala-esquerda, Fabinho soube aproveitar o espaço livre e apoiou com segurança. No meio-de-campo, o volante Túlio além dos desarmes, construiu as jogadas para os gols. Além disso, Douglas Silva hoje é um segundo volante que sabe anular o adversário e tem competência para iniciar as jogadas para Pedro Ken, que mantém sempre uma regularidade inabalável.

No ataque, Gustavo, o guerreiro incansável, para quem não há jogada perdida. Ao lado dele, o Keirrison – uma das maiores revelações do Campeonato Brasileiro, jogador que não "pipoca" para beques viris, de espírito solidário, que ajuda inclusive na marcação. E tem mais: se esse garoto mantiver essa postura, chegará logo à seleção brasileira, porque talento não lhe falta. Logo mais, às 20h30, não se acredita em outra coisa a não ser na vitória coxa-branca sobre o Marília, quando o Verdão dará a tão esperada volta olímpica. É isso!

dionisio@gazetadopovo.com.br

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