Meu tema de hoje é o sr. René Simões na casa coxa.

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A história do Coritiba na Série B começou com Guilherme Macuglia, vencendo o Paulista. Nunca, no entanto, esse treinador esteve seguro no cargo, pois o time não agradava à diretoria e, muito menos, à torcida, que queria sua saída.

Foi contratado, então, René Simões. O novo treinador chegou com estilo e conversa diferentes dos padrões habituais do meio, misturando literatura, filosofia, explicando-se por meio de metáforas e até cartas enviou à torcida. E o futebol, desconfiado, estranhou.

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Seguramente, não é fácil também escrever sobre o técnico coxa, pois, no início, não me adaptei ao seu jeito de comandar a equipe. E critiquei. Quando assim agi, observei que ele não organizava a equipe ofensivamente e fazia algumas substituições equivocadas. Cobrei a presença de Keirrison e Marlos no time. Irritava-me o desempenho do Coritiba fora do Couto Pereira.

Enfim, exerci rigorosamente a minha função, porque parecia que mais uma vez a torcida alviverde teria o desprazer de ver seu time na Segundona. Durante o campeonato, porém, René Simões, com bom senso, refletiu e mostrou que tinha consciência do trabalho a realizar, mudando a atuação do time, principalmente fora de casa. Concedeu ainda a titularidade a Keirrison que, ao lado de Gustavo, foi fundamental para os gols.

E não parou por aí. Fixou o ala Douglas Silva como volante, com Veiga fortaleceu a marcação e melhorou a qualidade de saída de bola. Acertou também quando aproximou Pedro Ken e Ricardinho dos atacantes, tornando o Alviverde mais coeso. Aí, caro leitor, o homem conquistou a credibilidade de que precisava para levar o Coritiba, com quatro rodadas de antecedência, à Série A.

Poucos treinadores, na verdade, tiveram, como René, ao longo de sua carreira, tão larga disponibilidade esportiva para lidar com revelações talentosas como Keirrison, Pedro Ken, Marlos e Henrique, só para ficar nos pratas da casa. E como, no futebol, o que conta é a vitória, porque esta se manifesta como paixão, sem controle de emoção, hoje não se pode negar que, René é um vitorioso mesmo que ainda não tenha conquistado o título, pois o objetivo maior já foi alcançado. Enfim, é o Verdão bonito na parada!