Pelos últimos jogos, o Atlético transmite à sua torcida a confiança de que é possível vencer ao Botafogo, mesmo jogando na casa do adversário. Por outro lado, o time carioca está atravessando o pior momento desta competição, com salários atrasados, dentre outros problemas – pelos menos é o que está sendo divulgado pela imprensa.

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Especulações à parte, não acredito, porém, que a queda do rendimento da equipe da estrela solitária tenha acontecido por esse motivo, pois o atleta tem consciência de que, ao entrar em campo, seu prestígio também estará em jogo. Logo, ninguém está disposto a queimar o próprio filme.

Já no Atlético, o técnico Geninho, que durante a semana foi questionado sobre sua permanência no comando da equipe, inteligentemente se valeu de evasivas, argumentando que o momento é de mobilização no sentido de superar as dificuldades por que passa o time rubro-negro, pensando tão somente nos pontos que há de conquistar para atingir o maior objetivo proposto – não cair para a Segunda Divisão.

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Nessa mesma direção, se o Furacão vencer o time de Ney Franco, ao invés de pensar em não cair, tem mais que acreditar na Sul-Americana. Para tanto, basta o Coritiba derrotar o Santos, o que não é nada impossível.

Agora, está passando da hora de o time coxa-branca somar três pontos, pois, nas últimas jornadas, tem desanimado seus torcedores, uma vez que esteve próximo do G4 e viu essa possibilidade fugir das próprias mãos (ou dos próprios pés?). O lamentável é que essa chance se perdeu com a queda de rendimento da equipe praticamente no final do campeonato, ao contrário do início, quando tudo foi extremamente significativo. Pena que, na lembrança do torcedor, o que fica são os últimos momentos. E todo jogador deve saber disso.

Em 2009: Welter e Comelli

O Paraná Clube tem mais uma partida, que pode ser encarada como amistosa. O adversário será o Santo André, que ocupa o terceiro lugar na classificação, garantindo o retorno à Primeira Divisão. E o Tricolor, que passou um verdadeiro sufoco durante a competição, respirou aliviado depois de vencer o CRB e atingir o objetivo de permanecer na Segundona. Mesmo assim, a torcida demonstrou-se indignada com a péssima campanha, principalmente no primeiro turno.

Além disso, a equipe paranista somou apenas 17 dos 57 pontos possíveis. Com a contratação de Paulo Comelli, o Tricolor foi a segunda melhor equipe do segundo turno ficando atrás somente do Corinthians em número de pontos.

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Para 2009, portanto, o planejamento equivocado deste ano não pode se repetir. Certamente, a permanência do diretor de futebol Paulo Welter, do técnico Paulo Comelli e da comissão técnica deve fazer parte desse planejamento. Assim será possível para o Paraná Clube obter conquistas. Uma delas pode ser o Campeonato Paranaense e depois a qualificação para o retorno à elite do futebol brasileiro.

dionisiofilho@gazetadopovo.com.br