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O Coritiba precisa, a partir do jogo contra o Flu­­mi­­nense, de no mínimo 30 pontos para não correr o risco de se afundar na zona de rebaixamento – o que seria uma catástrofe, principalmente no ano de seu cen­­tenário, quando se criou a expectativa de ser campeão em quase tudo, empolgando os torcedores. E nada disso aconteceu, a não ser a queda de produção da equipe.

Agora chega Ney Franco para realizar aquilo que Ivo Wort­­mann e René Simões não foram capazes de fazer.

Assim, a primeira providência a ser tomada pelo novo treinador é definir o time, porque essa história de escalar a equipe de acordo com o adversário não funcionou e trouxe instabilidade aos atletas. Inclusive, a impressão que ficou após a derrota para o Cruzeiro é que o Coxa perdeu não só o jogo como também o ru­­mo.

Obrigação de vencer

O comportamento do Paraná em campo contra o Campinense foi de­­cepcionante. Ora, o time da Paraíba ocupa a última posição na corrida classificatória, carregando na bagagem 13 derrotas e 1 empate em 17 jogos.

Por conta desse histórico, contava-se que o Tricolor tivesse mais iniciativa para sufocar os nordestinos que, ao contrário do que deles se esperava, foram para cima do time paranaense e abriram o placar, além de exigir grandes defesas do goleiro Ney. Sem contar o pênalti cometido pelo meia Davi no atacante Washin­­gton, não assinalado pelo árbitro cearense Wladyerisson da Silva Oliveira.

Um elemento complicador para o Paraná foi a pouca produção de Marcelo Toscano pela di­­reita, que nada somou na defensiva e muito menos no apoio ao ataque. O outro foi o zagueiro Frei­­re, que mais uma vez não correspondeu ao que lhe foi confiado, ao falhar no primeiro gol campinense e, a exemplo do jogo contra o ABC, sendo expulso.

A defesa paranista, aliás, ba­­teu cabeça e no primeiro tempo o empate ficou de bom tamanho pelas oportunidades que a Rapo­­sa do Nordeste desperdiçou.

Para a fase final, o técnico Sér­­gio Soares fez três modificações que, de certa forma, corresponderam, pois Bebeto cruzou para Rafinha empatar. Não entendi, no entanto o porquê da não escalação do volante João Paulo para iniciar a partida, entrando so­­mente aos 32 minutos do segundo tempo. Afinal, ele é ou não titular?

É claro que o treinador pode argumentar que Luís Henrique saiu-se bem no jogo anterior. O João Paulo, entretanto, reúne mais qualidade na criação de jogadas – o que fundamentalmente faltou ao Tricolor –, pois Davi, mesmo fazendo um gol, esteve ausente nessas armações, o que acabou por prejudicar o desempenho dos atacantes Wan­­do e Adriano, que não receberam bolas para finalizar.

E tem mais: pelo que o Paraná jogou, esse empate caiu do céu e não adianta responsabilizar a arbitragem pelo que não foi conquistado.

O negócio agora é erguer a cabeça (e não perdê-la de novo) para cumprir a obrigação de vencer o Vila Nova, de Goiás, sem cho­­­­ro nem velas. É isso.

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