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Para a maioria dos torcedores, independentemente da situação vivida, seu time tem que jogar no ataque. Isso, no entanto, nem sempre é possível, pois nem todas as equipes têm potencial para agir dessa forma.

Nesse sentido, o Atlético iniciou a partida no 4-4-2, com variação para o 4-3-3, pois Wesley apareceu como terceiro atacante, para juntar-se ao Alex Mineiro e Wallyson. E ainda havia Mar­ci­nho, como meia de ligação. Tudo bem ao gosto de alguns torcedores e do treinador da equipe, é claro, mas sem a mínima condição de manter esse ritmo ofensivo ao longo do jogo.

Além disso, por causa desse equívoco estratégico, o time catarinense que atuou no 3-5-2 deitou e rolou no globão central, principalmente, quando a bola chegava para o meia Marquinhos, que ditou o ritmo do Leão da Ilha. Logo, a superioridade deste time foi tamanha que terminou a primeira etapa fazendo dois gols e perdendo outras oportunidades e ainda não permitindo que o Furacão ousasse nenhum chute na meta do goleiro do Avaí.

E o pior estava por acontecer. No intervalo, Waldemar Lemos realizou duas mudanças, trocando seus alas Alberto e Alex Sandro, entrando Carlão e Jhonatan, passando a jogar no 3-5-2 que, mesmo fazendo um gol, permitiu que o baile do Avaí fosse ali mesmo, na Arena da Baixada. E o Atlético estava visivelmente sofrível. Não conseguia acertar o passo.

Ora, o treinador atleticano improvisou Wesley na ala direita, eliminando a única opção que tinha para fazer a bola chegar ao ataque. Claro que melhor seria entrar com Zé Antônio no lugar do Alberto, pois este já fez vários jogos no setor. Assim, a chance de acerto da defesa seria maior e a vulnerabilidade a que se expunha o time diminuiria naturalmente. Agora, o treinador Walde­mar Lemos já deve estar sabendo que sua batata pode assar caso não vença o Goiás no próximo jogo. Alguém duvida disso?

Sérgio Soares, o reforço

O Paraná Clube vive um mo­­men­­to de franca ascensão, largan­do de vez, a cada vitória, o pesadelo de estar na Série B. É um investimento coletivo de garra, força de vontade e de tremenda obediência a um esquema tático que não pode falhar. E é aí que entra a participação do nome Sérgio Soares.

Depois de enveredar pelos caminhos do Santo André, esse técnico, ao chegar ao Paraná, foi recebido com certa desconfiança por partes de alguns porque o Tricolor passava por momentos dificílimos e que, por causa disso, esperava um salvador da pátria.

Sem a preocupação de se consagrar, iniciou um trabalho não só de dedicação mas também de responsabilidade, mostrando a todos, por meio de seu trabalho, uma boa visão tática e uma capacidade incrível de definição de padrão de jogo. Com isso vieram as vitórias e, consequentemente, o distanciamento da temida zona de rebaixamento. É isso.

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