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Os Estaduais, depois que o Brasileirão passou a ter 20 equipes na Série A e a mesma quantidade na Série B, tiveram que administrar perdas técnicas e, principalmente, financeiras. Alguns dirigentes não fazem grandes investimentos porque a competição não passa de três meses.

Ora, de certa forma, eles não deixam de ter razão, se pensarem somente no âmbito regional. Se pensarem maior, constatarão que isso pode representar danos irreparáveis. E tem mais: aquela velha política de fazer uma campanha apenas para não cair já não funciona mais. Aliás, quem não tem pretensão de crescer está fadado a desaparecer do cenário do futebol brasileiro. Isso serve como alerta para os clubes que estão sem calendário.

O Coritiba, por exemplo, que manteve a base e ainda fez algumas contrações, sabe que ganhar o Campeonato Paranaense é meio caminho andado para a conquista de maior credibilidade no cenário nacional, principalmente, na Copa do Brasil, que, na teoria, é o trajeto mais curto para chegar à Libertadores.

Na outra mão, temos o Paraná, que, no ano passado, embora tenha trazido alguns jogadores, contratou mal para o Regional, acreditando, possivelmente, que a ideia de laboratório (que até então havia funcionado) seria mais uma vez a solução para os problemas técnicos e financeiros – o que não passou de um equívoco.

Já para 2009, quem está na montagem do grupo de jogadores é o próprio técnico Paulo Comelli, o que aumenta a chance de acerto, porque ele conhece a característica de cada atleta e, além disso, o comprometimento dos contratados é muito maior, uma vez que se trata de uma relação direta de confiança recíproca.

Agora, o Atlético, que perdeu o título para o Coritiba em casa e que passou um grande sufoco no Brasileiro é o que, por enquanto, menos investiu em contratações. A diretoria, juntamente com a comissão técnica, considera que a base da equipe está formada.

Acredito, porém, que o Rubro-Negro ainda necessita de pelo menos mais um jogador que tenha capacidade de articular as jogadas entre o meio e o ataque. Embora essa não tenha sido a principal característica de Claiton, ele foi o que melhor exerceu essa função. Com a saída dele, ficou essa lacuna a ser preenchida.

Sendo assim, por mais que digam que as contrações estejam encerradas, ainda creio na possibilidade de chegada de mais um jogador para suprir essa necessidade do Atlético.

É imprescindível, portanto, que nossas equipes repensem sobre a importância de fazer um bom Regional como pré-requisito para realização de um ótimo campeonato nacional. É isso.

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