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Continuo defendendo a tese de que os campeonatos estaduais não devem acabar, principalmente, por causa das equipes do interior.

No Rio de Janeiro, por exemplo, com a grande mídia, fazem do Campeonato Carioca uma bela competição, com grandes arrecadações. Inclusive, quem ganha o primeiro turno, denominado de Taça Guanabara, recebe um troféu, com direito até a volta olímpica. Caso o mesmo time ganhe o segundo turno (Taça Rio), consagra-se campeão.

Aqui, no estado do Paraná, os dirigentes das equipes interioranas começam a assimilar a Lei Pelé e, por isso, os clubes melhoraram seus desempenhos, fazendo deste campeonato o melhor das últimas temporadas. A exceção foi o Londrina que, apesar de já ter sido campeão paranaense, ter conquistado o Campeonato Brasileiro Série B e, ainda, ter ficado entre os primeiros colocados no Brasileirão de 1977, não conseguiu a classificação para segunda fase do campeonato, decepcionando seus torcedores.

O Londrina passou a conquistar bons resultados após a contratação do técnico Mauro Madureira, mas, infelizmente, era tarde para a classificação. Em contrapartida, o Galo Maringá juntou-se com o Adap, fez boa campanha e seus torcedores voltaram a acreditar na equipe, sempre comparecendo em bom número ao Willie Davids.

O Cianorte saiu do anonimato com o técnico Caio Júnior e agora, sob o comando de Cláudio Tencati, por pouco não se classificou para as semifinais. O time empatou por 4 a 4 com o Atlético na Arena da Baixada e, por saldo de gols, o Paranavaí conquistou a vaga, mesmo empatando com o Rio Branco por 3 a 3.

Vale lembrar que neste Paranaense de 2007, alguns jogadores como Adriano (Adap Galo), Massaro (Rio Branco), Didi (Cianorte) e Thiago (Paranavaí) mostraram bom futebol. Alguns dirigentes acreditam que este título já não tem a mesma importância do passado. Isso quando perdem. Porque se o clube é campeão, todos querem sair na foto. É claro que, quando se analisa o aspecto financeiro, os clubes não conseguem a mesma verba do Campeonato Brasileiro, Libertadores e Copa do Brasil. De qualquer forma, o Estadual é o campeonato que mantém a tradição do futebol interiorano. E independentemente de dinheiro, o futebol ainda é a paixão nacional. Há quem defenda no lugar dos Campeonatos Estaduais, uma Terceira e Segunda Divisão fortalecida e, para a maioria dos times, apenas um campeonato por ano. O Brasil, porém, é um país com dimensões continentais e seria necessário regionalizar as divisões para conter gastos. Além disso, o futebol gera empregos e dá mais visibilidade às cidades.

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