O discurso do técnico Mário Sérgio estava cansativo e já não dava conta da gravidade da fase que o Atlético atravessa. Após cada derrota, assumia a culpa, numa demonstração de ética invejável. E daí? E a solução para ele não errar mais? Entendo que se quisesse preservar os jogadores, porém, além de se considerar culpado, era necessário manter um time com condições para que pudesse buscar o mínimo de entrosamento possível.
Contra o Goiás, ele sacou Alan Bahia, escalou Renan pensando em ter mais marcação e se deu muito mal, é claro! Neste caso, Valencia seria o mais indicado, por ser melhor marcador. Agora, usar como argumento para não escalar o jogador o tempo que estava inativo é brincadeira!
Ora, nessa altura do campeonato tem que se apelar para a superação a fim de sair desse marasmo. Aliás, jogando fora de casa o Atlético, em dois jogos, sofreu nove gols o que é inadmissível para um clube que tem a estrutura do Furacão. Cair para Segundona seria um retrocesso, impondo-se contra uma tradição que vem se construindo ao longo dos anos, contra o crescimento de uma torcida jovem que pouco a pouco foi lotando as arquibancadas em uma manifestação de parceria invejável, respondendo pelos desencontros de seu time. Isso não é justo nem decente.
Caiu, enfim, Mário Sérgio. Não resistiu à turbulência do momento. Chega para segurar a marimba Geninho, que vem sendo pedido, em versos e prosa, há tempos.
Mauro ou Gabriel?
No futebol brasileiro, independentemente de estar na Série A ou Série B, quem atua fora de casa procura, a princípio, não sofrer gol para depois marcar, ou seja, jogar no erro do adversário. Pois bem, o Paraná Clube, que vinha de duas vitórias consecutivas, acreditou que contra o Bragantino, em Bragança, poderia ir para cima do time paulista. Quebrou a cara.
Ora, o técnico Paulo Comelli não mediu as conseqüências de seus atos e perdeu o jogo de goleada, voltando à estaca zero em relação ao que havia conquistado nos jogos anteriores. Claro que faltou perspicácia para, pelo menos, conquistar o empate, que já ficaria de bom tamanho diante dos fatos preocupantes e pitorescos que o time vem enfrentando.
Agora contra o Ceará, em Fortaleza, é preciso vencer para não chegar ao desespero. Em relação à escalação, Comelli tem que apontar quem será o goleiro para essa partida, pois Mauro não agradou e, pelo que se percebe, ele vai perder a posição por justa causa, no meio entender. Isso é tudo.