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No empate por 1 a 1 entre o Coritiba e o Bahia, o técnico Ney Franco, do time coxa-branca, surpreendeu ao mudar o sistema tático do 3-5-2 para o 4-4-2.

Essa mudança, certamente, trouxe preocupação a Márcio Araújo que, a partir daí, passou a estudar o adversário de uma ma­­neira diferente da qual havia planejado a estratégia desse jogo.

Ora, é claro que o comandante da equipe tricolor não esperava a ousadia dos alviverdes, afinal, partindo do princípio de que o empate seria um bom resultado, tudo indicava a manutenção dos três zagueiros, pois teoricamente a segurança seria maior e o empate manteria o Coritiba na liderança.

O Verdão, no entanto, não se intimidou com os 42 mil torcedores baianos, jogou com personalidade, foi sempre melhor que o adversário e só não foi para a rede devido às finalizações equivocadas dos atacantes Marcos Aurélio e Leonardo.

Alem disso, os coxas tiveram de ter a santa paciência para aturar a péssima arbitragem de Marcos André da Penha (ES), quando cometeu um erro grotesco ao assinalar o pênalti do za­­gueiro Cleiton no atacante Jael, que cobrou mal, chutando para fora. Essa foi a melhor oportunidade dos baianos na fase inicial.

Ainda sobre arbitragem, não consigo entender o porquê da escala de um árbitro sem experiência em uma partida tão importante. Fica com a resposta a co­­missão de arbitragem da CBF.

De volta ao jogo, há de se la­­mentar a contusão do lateral Tri­­guinho que, na dividida com o goleiro Fernando, fraturou a tíbia e a fíbula da perna esquerda – sem a intenção do atleta baiano. Isso é fato. E as imagens do lance retratam a realidade do acidente em questão.

Agora, mesmo entendendo que não houve a maldade do goleiro tricolor, aconteceu o pênalti. E o que é pior, houve outro no lateral Ângelo, que teve boa participação nessa partida, tanto na defesa como no apoio ao ataque.

Em determinado momento do jogo, parecia que o empate em sem gols seria o resultado final. Mas não foi. O time da Boa Terra, com o atacante Everton, deixou o Tricolor, por alguns minutos, na liderança do campeonato, ao tirar o zero do marcador – o que seria um tremendo castigo aos visitantes, que tiveram a competência para igualar a demanda com o predestinado atacante Bill fazendo o primeiro gol dele na competição, depois de ficar cinco meses no anonimato, por causa de uma contusão no tornozelo direito.

Para o jogo de hoje contra o Ipa­­tinga, no Couto Pereira, o Cori­­tiba deve confirmar a superioridade e devolver a goleada aos mineiros por 5 a 1, no primeiro turno, e partir em busca do título. É isso.

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