Por melhor que possa ser uma equipe de futebol, com seis alterações em uma única partida, a produção dela apresenta variações significativas, principalmente, quando esse time tem suas limitações, como é o caso do Coritiba, que para enfrentar o Santo André entrou em campo todo modificado.

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Ouvi como justificativa que o técnico coxa tomou essa atitude por considerar que Vanderlei, Márcio Gabriel, Rodrigo Mancha, Leandro Donizete, Marcelino Paraíba e Ariel tinham que ser poupados, pois deveriam, a princípio, jogar três partidas em uma semana, o que seria extremamente desgastante para os referidos jogadores.

Ora, não consigo entender esse tipo de comportamento de alguns técnicos. Eles reclamam que não há tempo hábil para os treinamentos táticos, dentre outros, devido ao acúmulo de jogos. Quando têm, no entanto, oportunidade de manter aqueles (que eles consideram os melhores) para aprimorar o entrosamento, eles os sacam do time, alegando qualquer tipo de desgaste.

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Onde está a coerência desse ato? Além do mais, os dois jogos serão em casa, com possibilidades de treinamentos não somente táticos, mas técnicos e físicos e, no aconchego de sua torcida, que sempre está presente no estádio, dando ao Verdão o apoio de que precisa para realizar uma boa partida.

E mais: estamos apenas na segunda rodada do Brasileirão, não posso centrar minha análise do jogo a partir do desgaste físico e emocional dos jogadores coxas. E se posso, me recuso a fazê-lo.

Paradoxalmente, o gol do Renatinho não intimidou o time paulista que, além de não perder o equilíbrio, soube dominar a equipe paranaense. Nesse sentido, atuando com Fernando (42 anos) como primeiro volante, que não demonstrou cansaço algum e quando teve espaço, saiu para tentar o gol.

Outro jogador que deitou e rolou foi o Marcelinho Carioca (o melhor da partida), que continua com muita visão de jogo, fez um gol e lançamentos eficazes, realizou uma boa marcação, orientou seus companheiros e, a exemplo de seu parceiro Fernando, demonstrou boa condição física, movimentando-se o tempo todo, mesmo atuando na plenitude de seus 37 anos.

Voltando a nossa realidade, depois da goleada, o Verdão precisa buscar a classificação contra a Macaca para chegar às semifinais da Copa do Brasil. Uma vitória será importantíssima, para que o time fique com credibilidade com sua torcida, que se frustrou com a perda do título paranaense.

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Caso a classificação venha a acontecer, o time coxa branca terá como adversário o Flamengo ou o Internacional. E daí, será que René Simões vai se valer da estratégia de poupar seus jogadores novamente? É isso.