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Na última terça-feira, o Paraná fez 17 anos. Não precisou de vestibular para entrar na Faculdade do Futebol. O time prodígio foi logo aprendendo que, mesmo jovem, precisaria de capacidade para encarar os veteranos. E assim o fez.

"Paraná já nasceste gigante/és o fruto de luta e união." Quem poetizou esses versos foram os autores do hino paranista, João Ar-naldo e Sebastião Lima. Essa grandeza pôde ser percebida com o primeiro técnico do Tricolor, Rubens Minelli. Depois vieram Otacílio Gonçalves, Vanderlei Luxemburgo, Cláudio Duarte, Antônio Lopes, Caio Júnior e, entre outros, o atual campeão mundial pelo Internacional, Abel Braga.

Entre os jogadores já passaram pelo time: Saulo, maior artilheiro da história do clube, João Antônio, Adoílson e Sérgio Luís, que fez o primeiro gol desse Paraná que está quase adulto e que, na primeira fase da Libertadores, enfrentará o Cobreloa, em Calama, no Chile.

A equipe chilena tem a experiência de 12 Libertadores; chegando a duas finais. Além disso, é favorita, já que Calama fica 2.260 metros acima do nível do mar. A altitude interfere diretamente no rendimento físico dos atletas e na velocidade da bola. Mas se o Tricolor empatar ou perder pela diferença mínima, no jogo de volta, na Vila Capanema, tem todas as condições de classificar-se para a fase seguinte, na qual enfrentará o vencedor do Grupo 5, composto por Flamengo, Real Potosi (BOL) e Union Maracaibo(VEN). Portanto, vejo o Paraná com possibilidades de surpreender positivamente na sua primeira participação na Libertadores da América.

Se Gabiru falasse como Fernandão...

Carlos Adriano de Souza Vieira. Com esse nome, ninguém o reconheceria como jogador de futebol, mas quando dizem Adriano Gabiru, o mundo o reconhece. Ele fez o gol que deu o título de campeão mundial ao Internacional. Gabiru veio do CSA para o Atlético e teve muitas dificuldades.

Fazia somente exercícios físicos e poucos percebiam a sua presença. Até que um dia, faltando gente para completar o coletivo, Abel Braga resolveu escalá-lo para o time reserva. Aquela foi a oportunidade de que Gabiru necessitava. E fez um ótimo treino. Abelão, empolgado com o rendimento do jogador, decidiu que ele jogaria na partida de estréia, contra o Matsubara, no Paranaense de 98. Adriano não saiu mais do time a acabou sendo campeão. Inclusive, passou pela seleção brasileira sub-23.

Na seqüência, Abel foi treinar o Olympique de Marselha, na França, levando consigo Gabiru que não se adaptou aos costumes franceses, ficando pouco tempo naquele país. De volta ao Furacão, foi campeão brasileiro em 2001. Lá no Cruzeiro, também não se adaptou.

Abel, entretanto, que sempre acreditou em Adriano, não perdeu a esperança e o levou para o Inter. Mais uma vez teve dificuldades de adaptação. Para a torcida o jogador foi uma contratação ruim. Mas Abel estava lá persistindo. E quis o destino (em parceria com Abel) que Gabiru fizesse o gol do título e invertesse a sua história no Colorado gaúcho. Imaginem se Gabiru falasse como Fernandão...

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