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Quando uma equipe consegue o equilíbrio entre a defesa e o meio-de-campo, mesmo jogando somente com um atacante como referência, pode-se fazer um bom jogo, como fez o Coritiba ao encarar o Santos na Vila Belmiro.

Dorival Júnior vai demonstrando que, ao mexer no time, tem conhecimento do potencial técnico de cada jogador.

Vale lembrar que no jogo contra o Náutico ele queria mais marcação na saída de bola do adversário e, para isso escalou Hugo. Contra o Santos, no entanto, optou por Keirrison, autor dos três gols alviverdes, porque pretendia maior poder ofensivo aliado à técnica, em um único centroavante; além dos posicionamentos de João Henrique pela direita e Guaru pela esquerda bloqueando as saídas dos alas santistas. Sendo assim, o treinador coxa provou que a opção por Hugo ou Keirrison está fundamentada em sua estratégia de jogo.

O time coxa-branca teve em Carlinhos Paraíba o maestro e em Keirrison o melhor de todos, ajudando a quebrar o tabu na Vila mais famosa do mundo. Com certeza entrou para a história, no gramado que consagrou o melhor de todos os tempos: Pelé.

E aí, Tricolor, como é que fica?

Ao perder para o São Caetano, o Paraná realizou seu pior jogo neste Brasileirão. E não foi por falta de oportunidades. Aliás, o time de Rogério Perrô teve três chances de largar na frente no placar: foram duas com Marcelinho e um pênalti cobrado por Éverton e defendido pelo goleiro do Azulão. Mas o pior foi o posicionamento da defesa paranista, que não teve atenção ao sofrer o primeiro gol.

Ora, em cobrança de escanteio, quando a zaga tira a bola da área, não pode acontecer vacilo na marcação, porque trabalhar na chamada "linha burra" é muito arriscado. Prova disso é que essa atitude possibilitou ao jogador do São Caetano a condição de fazer o gol que desequilibrou o Tricolor.

O técnico Rogério Perrô promoveu a estréia de Gláucio, acreditando que seu meio-de-campo teria mais criatividade e Éverton, Giuliano e Marcelinho seriam mais acionados. Não deu certo. Infelizmente, o recém-contratado nada produziu, demonstrando estar fora de ritmo de jogo e ainda levou cartão amarelo para piorar sua atuação, frustrando as expectativas do treinador.

A grande sacada é que o Paraná precisa se conscientizar de que somente dele depende seu rendimento e que para melhorá-lo é necessário abandonar esse caminhão de desculpas das quais vem se valendo, atropelar o Gama no próximo jogo e manter certa regularidade, pois está a oito pontos do G4 e a um ponto da zona de rebaixamento. É isso.

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