Nada definido

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Vencer o Paranavaí era obrigação do Coritiba para continuar na liderança do Para­naense. E mais: era ainda uma questão de honra, uma vez que era preciso apagar a imagem ruim que ficou após a desclassificação da equipe naquele jogo fatídico, quando perdeu para o Avaí pela Copa do Brasil.

Ney Franco, técnico coxa branca, creditou, no entanto, o fracasso daquele jogo ao famigerado acidente de percurso. Por isso, para iniciar o jogo contra o ACP, manteve a mesma escalação da partida anterior.

Na outra mão, Itamar Ber­­nardes, comandante do time interiorano, tinha a preocupação de não levar outra goleada, pois nos confrontos an­­teriores contra o Corinthians-PR, Atlético, e Paraná sofrera quatro gols por jogo. Assim, quando a bola rolou ficou nítida a marcação individual em Marcos Aurélio, Rafinha e Ricardinho.

Essa estratégia, porém, não foi suficiente para conter as investidas do Verdão que em dezessete minutos fez dois gols assinalados por Ariel, o qual vem demonstrando certa evolução técnica, chegando menos afoito nas complementações.

Pelo futebol que vinha apresentando, tudo levava a crer que o Coritiba chegaria a uma goleada ainda na etapa inicial.

Este feito, entretanto, não foi da maneira que se esperava, pois, inexplicavelmente, o Coxa acomodou-se, permitindo algumas estocadas do Vermelhinho que diminuiu a vantagem do Alviverde, irritando a torcida e, principalmente, o treinador Ney Franco que, no intervalo, acerta­da­­men­­te, substituiu Fabinho Capi­­­xaba e Andrade por Rodrigo Heffner e Tiago Real.

Com essas modificações, o time Alviverde ficou mais veloz, não mantendo, no en­­­tanto, uma regularidade téc­­­nica satisfatória, oscilando entre bons e maus momentos. Mesmo assim fe­­chou a goleada por 4 a 1, nos últimos minutos e continua dependendo somente de si para subir no caminhão dos Bom­­beiros.

Já no clássico entre Atlético e Paraná, este anulou, no primeiro tempo, as principais jogadas do time rubro-negro, principalmente, no meio de campo, com Paulo Baier sofrendo marcação acirrada de Chicão, além de fechar bem pelas laterais.

A partir dessa estratégia, a equipe do treinador Marcelo Oliveira esteve na cara do gol por três vezes, com Marcelo Toscano e Márcio Diogo que não tiveram tranquilidade suficiente para finalizar a contento.

Em contrapartida, o Fu­­racão foi mais eficiente e, na etapa complementar, marcou o gol da vitória com Javier Toledo. A partir desse lance, o time melhorou o posicionamento, principalmente, Paulo Baier que conquistou mais liberdade. Somando-se a ele, Alan Bahia, Manoel, Chico e Márcio Azevedo não permitiram ao time de Vila Capanema as oportunidades do tempo inicial.

Com essa derrota, resta ao Tricolor preparar-se para a série B. É isso.