Nos jogos da última quarta-feira, o Coritiba venceu ao Grêmio e o Atlético foi derrotado pelo Santo André.

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No Couto Pereira, o time coxa-branca, do técnico René Simões, depois de alguns anos voltou a jogar no 4–4–2. Com essa postura, a equipe alviverde, no primeiro tempo, teve dificuldades para marcar pelo setor direito quando o lateral Rodrigo Heffner saía para apoiar o ataque, ficando sem cobertura. Tanto é verdade que foi por ali que aconteceu o gol do Tricolor gaúcho.

Ora, a causa dessa vulnerabilidade foi porque os volantes Leandro Donizete e Pedro Ken saíam também para atacar, equivocadamente. Nesse caso, Leandro, que é o melhor na marcação, teria de fazer a cobertura. Já pelo lado esquerdo não houve problema, pois Douglas Silva, ao contrário de Rodrigo Heffner, ficou mais na marcação.

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Outro fator que trouxe dificuldade para o time coxa foram os erros de passe e a pouca produção de Marcos Aurélio. Ainda bem que, mais uma vez, Marcelinho Paraíba fez a diferença ao fazer um belo gol, fechando o primeiro tempo, deixando tudo igual no placar.

Para a etapa final, com a expulsão do lateral Thiego (que chutou Douglas Silva pelas costas, covardemente), as dificuldades do Verdão diminuíram e o insistente atacante Ariel, com aquele espírito destemido, a exemplo do jogo contra o São Paulo, levou a torcida coxa ao delírio, fazendo o gol da vitória.

Enquanto isso, lá pelo ares da Baixada, o Atlético foi irreconhecível na derrota para o Ramalhão. Assim como o Coritiba, Waldemar Lemos também optou pelo esquema tático 4–4–2. Ótima opção aqui também? Não. Este é o ponto. A equipe rubro-negra não teve a força ofensiva necessária para se impor em campo, além de permitir espaços para evolução dos meias do Santo André, Elvis e Marcelinho Carioca, que fizeram lançamentos e finalizações, diferentemente de Marcinho e Paulo Baier, que não trabalharam a bola para os atacantes Rafael Moura e Wesley. Este, aliás, foi o jogador que ainda tentou alguns lances individualmente, levando algum perigo ao time adversário.

Retornando ao Alto da Glória, mesmo entrando em campo, vindo de uma vitória importante como foi essa contra o Grêmio, o Coritiba não pode ser dado como favorito. A história deste clássico Atletiba comprova que nem sempre a equipe que está momentaneamente mais ajustada vence a partida. É isso.