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Já me manifestei, neste espaço, sobre a situação atual dos técnicos de futebol no Brasil. Hoje retomo o assunto para analisar o trabalho de Mano Menezes no Corinthians.

No passado, devido à capacidade técnica dos jogadores, era comum ouvir que nos times como o Santos de Pelé, o Botafogo de Garrincha e o Cruzeiro de Tostão cabia ao técnico apenas a entrega da camisa, porque o resto ficava mesmo por conta dos grandes talentos que formavam as equipes desses clubes.

Esse é o tipo de posicionamento que sempre me causou um tremendo desconforto, pois discordo de quem assim pensa, ainda que reconheça as qualidades dos jogadores daquela época. No mínimo, há de se considerar que todos esses craques necessitavam de alguém que administrasse as variáveis que compunham a história de cada jogo.

Atualmente, o Corinthians parece ter o melhor técnico do futebol brasileiro, o Mano Menezes, que nos últimos três títulos disputados venceu todos: campeão da Série B, campeão paulista (invicto) e campeão da Copa do Brasil.

Depois de tantas conquistas, torna-se fácil dizer que o Corinthians tem um bom time. Seus la-terais, Alessandro e André Santos, porém, nunca foram destaques em equipe de prestígio. Da mesma forma, seus zagueiros William e Chicão e seus meio-campistas Cristian, Elias e Jorge Henrique. Este teve bons momentos no Botafogo, mas chegou ao Timão apenas como mais um jogador. A grande esperança era o Ronaldo, com alguma desconfiança por conta do retrospecto de contusões.

E foi, exatamente nesse momento que se manifestou a capacidade do técnico corintiano, montando um time forte em todos os setores, inclusive, atacando com quatro jogadores, demonstrando, portanto, seu valor profissional.

Prova disso, foi a atuação de sua equipe na última quarta-feira, quando aplicou uma golada no Fluminense – o que não é pouco – porque foi o primeiro jogo depois da conquista do último título, comemorado com muita festa. Festa superada apenas pelo planejamento e pela disciplina impostos pelo Mano Menezes, para que seu time não perdesse o foco. E se perdesse, seria até compreensível, pois o objetivo de disputar a próxima Libertadores já foi alcançado.

Engana-se quem acredita na possibilidade de o técnico corintiano aceitar essa hipótese. Ele quer mais. Quer levantar a taça do Brasileirão-2009 e tem trabalhado obstinadamente neste sentido. Depois de toda essa trajetória, alguém duvida de que ele consiga? É isso.

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