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O técnico Geninho não teve papas na língua ao afirmar que, se o ex-presidente do Atlético Paranaense, Mário Celso Petraglia, entrasse por uma porta, ele sairia pela outra. Essa atitude do treinador, que levou o Atlético ao título do Brasileirão-2001 e o foi principal responsável pela permanência do Rubro-Negro na primeira divisão, chamou a atenção de todos que acompanham o futebol, pois agindo assim, Geninho demonstra, que no passado, foi vítima de uma tremenda falta de respeito e que agora, depois de tanto tempo, está injuriado porque Petraglia insinuou que seu salário é muito alto.

Ora, se Geninho está recebendo a quantia que se especula por aí afora, esta deve ter sido aprovada antes de concedida e, sobretudo, porque ele merece. Aliás, ele já ganhou muito mais em outras equipes por que passou, considerando, é claro, seu salário atual. Esse não é, portanto, o foco da polêmica que envolve o treinador. No último sábado, contra o Londrina, ele observou o volante Renan, que hoje tem sua titularidade merecida e estufou as redes do Tubarão, com perspicácia de atacante, pois acreditou no rebote do goleiro Fernando e teve frieza e categoria no cabeceio, deixando o Furacão bonito na parada.

Além disso, quando possui dois volantes com características como Valencia e Renan, o time fica mais consistente e, consequentemente, mais produtivo. Isso porque Valencia é o melhor marcador atuando no futebol brasileiro, lembrando o Caçapava; e Renan, guardadas as devidas proporções, o Paulo Roberto Falcão, do Internacional da década de 70. Afirmo isso com a autoridade de quem jogou e conviveu com ambos naquela época.

Consistente e produtivo ainda porque os alas ficam mais protegidos e confiantes para apoiar o ataque. Principalmente Netinho pela esquerda, que tem um bom cruzamento, mas acaba pecando na marcação. Além deste, o atacante Júlio César, que também deixou sua marca, começa a conquistar a confiança da torcida rubro-negra, a exemplo de Lima, que substituiu à altura Rafael Moura (que cumpria suspensão automática), fazendo o terceiro gol da partida.

Assim segue o Furação, matematicamente classificado, a uma distância de sete pontos do Coritiba, alheio a quaisquer desafetos, vivendo e aproveitando seu grande momento, porque problemas administrativos devem ser resolvidos fora do gramado, na mesa diretiva, entre quem de direito lá deve estar. É isso.

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