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Este Brasileirão pode não ser o de maior qualidade técnica, porém, fica impossível negar a empolgação que passou a envolvê-lo, desde o momento que o critério por pontos corridos foi adotado.

Revisando o contexto geral deste campeonato, fica absolutamente claro que o São Paulo, do técnico Muricy Ramalho, antes mesmo de a bola rolar, já aparecia como favorito. Isso em função da manutenção dos principais jogadores.

Na mesma direção, o Palmeiras, de Vanderlei Luxemburgo, foi apontado também como favorito, principalmente depois que conquistou o Campeonato Paulista. E, embora não tivesse a mesma qualidade técnica do time do Morumbi, o favoritismo surgiu com base nas estratégias usadas pelo seu treinador.

Outro que aparecia com boas chances era o Internacional (devendo se contentar agora apenas com a Sul-Americana), que contratou os meias Daniel Carvalho e D’Alessandro e manteve a sua base. Assim como o Cruzeiro, que poderia estar melhor classificado. Estranhamente, perdeu jogos que no mínimo se esperava dele um empate, a exemplo dos jogos contra o Atlético e o Goiás.

Com menor nível de expectativa, apareciam Flamengo e Grêmio, que surpreenderam e chegaram até a liderar o campeonato. O time carioca, do técnico Caio Júnior, de todos foi o mais prejudicado, pois perdeu Marcinho – que até aquele momento era o artilheiro da competição – e também seu companheiro Souza. Já no Grêmio, Celso Roth, sabendo da limitação de sua equipe, montou um esquema tático único, que, mesmo jogando fora ou dentro de casa, não perdia a postura defensiva e conquistava vários pontos.

Aliás, enquanto o time gaúcho teve consciência de suas dificuldades e jogou no erro do adversário, acabou por se dar bem. A partir do momento em que dele se exigiu iniciativa de jogo, faltou qualidade técnica, o que pode ser determinante para a perda até da vaga para Libertadores – coisa tida como certa.

Ganhar e torcer, senão...

No final da 34ª rodada, o Atlético pode até terminar na 14ª colocação.

Com retrospecto ruim, o Rubro-Negro conseguiu somente uma vitória, jogando fora de casa. Depois da partida contra o Vasco, em São Januário, quando o Atlético desempenhou um bom papel, Geninho passou a acreditar na possibilidade de ganhar outros jogos, a fim de permanecer no grupo de elite.

Para tanto, é necessário o time paranaense vencer o Figueirense em Florianópolis, o Fluminense tropeçar contra o Cruzeiro, além de torcer pela vitória do Coritiba contra o Náutico e do São Paulo contra a Portuguesa – o que não parece pouco.

dionisiofilho@gazetadopovo.com.br

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