A torcida atleticana pintou de vermelho e preto a Arena da Baixada, já que era maioria ali. Em campo, rubro-negros e tricolores vieram com a mesma postura tática. Nesse caso, quem tem mais qualidade técnica leva vantagem. Isso explica a superioridade atleticana, no setor de meio-de-campo, com Ferreira e Netinho envolvendo Rafael Muçamba e Beto.

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O Furacão ainda contava com os alas Jancarlos e Piauí, que faziam um apoio qualificado. Assim, Jancarlos recebeu pela direita, cruzou na medida para Marcelo Ramos cabecear. A bola desviou em Neguete antes de entrar para abrir a contagem do clássico.

Pouco depois, olha o Neguete de novo, agora deixando tudo igual no marcador. Não era mesmo a tarde do zagueiro paranista. Desta vez, ele perde a bola para Ferreira, que lança para Marcelo Ramos chutar forte e com precisão, fazendo o segundo gol dele na partida. E ainda: o árbitro Carlos Eugênio Simon não marcou o pênalti de Rogério Corrêa em Éverton – o que poderia ter mudado a história do jogo. Para a fase final, Lori fez substituições, as quais melhoraram o posicionamento e a marcação da equipe tricolor. A chance do empate esteve nos pés de Josiel, quando este chutou lá nas cadeiras, para desespero da torcida da Vila. É isso.

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Keirrison, o bola-sadia do jogo!

O jogo contra o Ceará era tudo de que precisava o Coritiba para solidificar sua liderança e levar sua fiel torcida à loucura. O técnico René Simões, durante a semana, alertou os jogadores no sentido de que a empolgação que antecedia o jogo ficasse apenas por conta da torcida, já que o time nordestino vinha de uma vitória fora de casa e talvez quisesse complicar a situação do Coxa. Era necessário, portanto, evitar qualquer tipo de surpresa desagradável.

Os jogadores entenderam a mensagem do chefe e, logo de início, Keirrison deixou Hugo na cara do gol por duas vezes. Mas, como este não estava bem nas finalizações, o primeiro tempo fechou sem abertura do placar.

O Ceará chegou a chutar uma bola no travessão, que em nada abalou os alviverdes, pois estes apresentavam um futebol melhor. Aí entrou a competência do técnico.

O René, que fez uma boa leitura tática da etapa inicial, saiu do 3–5–2 e voltou para o segundo tempo no 4–4–2, com Anderson Lima jogando de ala. Assim, liberou Pedro Ken que, ao lado de Ricardinho, armou as jogadas e aumentou o poder ofensivo do Verdão, chegando à vitória com gols de Keirrison (o melhor em campo) e Pedro Ken. Aliás, uma vitória incontestável. Acredito que, jogando dessa forma, não há outro caminho a não ser a conquista do título da Série B.

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