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Pelo que o Atlético vinha produzindo, com vários desfalques e, ainda, jogando fora de casa, o empate já seria um resultado aceitável, considerando que Antônio Lopes estava fazendo sua reestreia, sem tempo para fazer pelo menos um treino coletivo.

A estratégia de ficar atrás da linha da bola para buscar o contra-ataque foi a grande sacada do novo treinador que, bloqueando suas laterais, não permitiu jogadas pelo meio, com forte marcação dos volantes Valencia e Rafael Miranda. Este ainda teve tempo para armar as jogadas com Paulo Baier.

Além disso, mesmo com a ex­­pulsão do zagueiro Bruno Costa, o Rubro-Negro não permitiu que o Cruzeiro tirasse proveito deste jogador a menos, mantendo a postura tática, pois o técnico Antônio Lopes soube recompor o setor defensivo da equipe, quando substituiu Wesley pelo zagueiro Marcão. E, quando Bernardo, o meia cruzeirense, foi expulso, após falta infantil em Rhodolfo, tudo levava a crer que haveria certo equilíbrio no jogo.

No segundo tempo, entretanto, com saídas rápidas, o time paranaense atropelou a Raposa mineira, principalmente, quando Gabriel entrou no lugar de Marcinho e fez o segundo gol.

O que se pode inferir de tudo isso é que há no Atlético um grupo de atletas como Galatto, Ney, Paulo Baier, Rafael Miranda e Gabriel que podem ajudar o Fu­­ racão a sonhar com objetivos mais ousados do que simplesmente lutar para não cair.

Contra a lista

Na derrota para o Santos, o Coritiba fez uma partida abaixo da crítica e a preocupação dos torcedores coxas só tende a aumentar, pois o Verdão, ao invés de se aproximar do G4, na briga por uma vaga na Libertadores ou, pelo menos, na Sul-Americana, caiu na ZR.

Agora, com essa posição ruim, é inevitável buscar culpados e, normalmente, sobra para o treinador, que ainda não definiu o titular do lado direito: Rodrigo Heffner ou Márcio Gabriel? Por conta disso, nessa dúvida, ambos caíram de produção.

Outro agravante, na derrota para o Atlético Mineiro: René Simões surpreendeu a todos quando deixou Pedro Ken no banco, argumentando que ele estava próximo de se contundir, por ter feito uma sequência de vários jogos.

Ora, se havia essa possibilidade, por que permitir que esse atleta ficasse no banco. Fica no banco quem tem condições plenas de jogo, quem pode substituir a qualquer momento um companheiro de equipe. E o estranho é que, com a entrada de Pedro Ken, o time subiu de produção.

Outro equívoco que merece ser comentado foi a substituição de Carlinhos Paraíba que, ao contrário de Marcelinho, estava finalizando. Naquele jogo, aliás, e nesse contra o Santos, o Marce­linho Paraíba ficou longe daquele que fazia a diferença em outras oportunidades.

E por falar em oportunidades, é chegada a hora de o Verdão vencer o Cruzeiro, no próximo do­­mingo, a exemplo do que fez o Atlé­­tico, e de René Simões se valer dessa vitória para não correr o risco de engrossar a lista dos demitidos. É isso.

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