Para quem não acreditava, está aí: o Verdão reabilitou-se em grande estilo. E não venham com essa que o Fluminense está mal, que luta para não cair. É nesse momento delicado de cada equipe que tudo pode acontecer. A força de vontade pode até superar a habilidade técnica. É preciso não confundir, portanto, a capacidade de superação de um time, jogando em casa, com a classificação que ocupa na tabela de um campeonato.

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Vale acentuar, por outro lado, que o mérito do time de Dorival Júnior está no equilíbrio técnico e emocional que demonstra para chegar à vitória. Nesse sentido, foi possível observar que Carlinhos Paraíba, com um golaço, trouxe a confiança inicial de que precisava o Coritiba, praticamente imunizando a equipe contra o desânimo que os dois gols de Washington poderiam causar. Por isso, ao estar em desvantagem no placar, não perdeu a postura (muito pelo contrário) e o Dorival Júnior colocou Ariel Nahuelpán, sacando Marlos. Assim, o gringo passou a ser o atacante de referência, facilitando para Keirrison.

Além disso, deve-se esclarecer que o Fluminense perdeu para um Coritiba que tem em Dorival Júnior um técnico competente. E mais: que Keirrison, sem sombra de dúvida, é um dos melhores atacantes do país, por motivos óbvios, muitas vezes já arrolados nesta coluna e que é bem por isso que a toda hora surgem propostas para levá-lo para Europa.

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E o Paraná no martírio da ZR

Não se entende por que o Paraná quando joga na casa do adversário fica acuado. Essa postura ficou clara no jogo contra o ABC, em Natal.

O time nordestino ao perceber a falta de iniciativa do Tricolor, partiu para cima, aplicando o maior sufoco na equipe paranaense, que não levou gol ainda no 1º tempo devido à imperícia dos atacantes do time da casa.

Em contrapartida, para a fase complementar, Comelli trocou Cristiano por Éder, substituição que em nada adiantou, pois a bola não chegava ao ataque. É óbvio que, nesse caso específico, era necessária a criação de jogadas no meio-de-campo, pois, independentemente da partida, tudo começa ali e quando se perde esse setor, conseqüentemente, perde-se também o jogo.

Continuando nessa mesma linha de equívocos, o treinador paranista surpreendeu a todos ao trocar Cristian pelo zagueiro Daniel Marques. Ora, naquele momento, a melhor opção seria o Giuliano para armar as jogadas e participar como terceiro atacante, no que aumentaria o poder de fogo do Tricolor. Como isso não aconteceu, o time ficou mais retraído e acumulou mais uma derrota. Não se pode atribuir o gol da equipe potiguar ao azar. Na realidade, o Paraná teve, nos 90 minutos, uma única oportunidade com Éder, ao passo que o ABC... deixa para lá!

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