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As torcidas de Atlético, Cori­­tiba e Paraná esperavam muito mais do que receberam neste ano. Menos mal para o Rubro-Negro que ainda foi campeão paranaense – título que, de certa forma, amenizou os ânimos.

Se puxarmos, entretanto, a questão para o Campeonato Brasileiro, os fatos tendem a se equiparar. Não houve um momento sequer de pretensiosa ousadia. As equipes não cogitaram a conquista do título. Sempre o básico, ou seja, garantir a posição onde se encontravam... Lamentável.

A inaceitável contradição se concentra no fato de Curitiba se orgulhar sempre da cômoda situação de primeiro mundista no pa­­norama nacional. É uma das cidades que sediarão a Copa em 2014, mas, no momento, não garante nenhuma posição de destaque na modalidade desse esporte.

De volta à abordagem dos times locais, o Atlético foi o único a se manter na Série A, entre os holofotes da elite da categoria, sem conseguir, todavia, nem disputar, pelo menos, a Sul-Americana, perdendo esse privilégio para o Vitória.

Tem a seu favor, porém, a permanência, na Arena da Baixada, do técnico Antônio Lopes, grande profissional, respeitado pela competência e pela experiência que ostenta. Com ele no comando, com tempo de começar um trabalho de representatividade, já a partir do Paranaense, certamente o Atlético deixará o básico para atingir posições mais ousadas, pelo menos a Liber­­tadores.

Na mão oposta, o Coritiba foi a maior decepção já vivida por seus torcedores. Iniciou a temporada anunciando mundos e fundos para o ano do centenário e acabou nas páginas policiais internacionais, além de amargar, de novo, os dissabores da Segundona, perdendo, inclusive, a condição de jogar em casa. Alguém teria o pessimismo de imaginar tamanha desgraça para as comemorações de cem anos de uma instituição qualquer? Claro que não. Parece muita ficção para as páginas esportivas. É, caro leitor, este que seria o ano histórico da existência do Coritiba Foot Ball Club, hoje todos nós queremos apagar de nossa lembrança.

E, por fim, temos o Paraná. Este se acomodou na insuportável condição de segunda categoria que nem reza brava parece con­­seguir resgatá-lo de lá. Quando pensávamos que tudo caminharia para uma situação gradual de recuperação do elenco, deparamo-nos com a demissão de Roberto Cavalo.

Agora, chega para ocupar a vaga Marcelo Oliveira, ex-jogador do Atlético-MG, trazendo na mala a vontade de reverter essa realidade que tanto nos incomoda, além do sonho de reconduzir o time à Série A. Terá ele apoio da diretoria? Porque capacidade não lhe falta para vencer essa demanda, ao lado do auxiliar Cleocir Santos (Tico), que conhece os bastidores do clube. Só nos resta acreditar. É isso.

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