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Quando há planejamento no futebol, a tendência é que os objetivos sejam atingidos, como a situação do Corinthians, por exemplo. Ele caiu para a Série B em 2007 e a primeira providência que a diretoria tomou foi contratar um técnico com bagagem para suportar a pressão e montar um time que pudesse ficar entre os quatros primeiros. E Mano Menezes foi o escolhido. Com a experiência adquirida no Grêmio, tinha tudo para acontecer positivamente. E não deu outra: ainda faltam quatro rodadas para o fim do campeonato e o Timão já é o campeão com todos os méritos.

As equipes, aliás, que mantiveram seus treinadores são as que estão mais bem classificadas, isso aconteceu não só na Série A, mas também na Série B. Que isso sirva de lição para aqueles dirigentes que optam para o recurso de transferência de responsabilidade!

Gosto de título

Se o técnico Geninho já estava de bem com a torcida atleticana, imaginem quando o Furacão sair dessa enroscada em que se meteu! E olha que ele assumiu o time com vários jogadores contundidos, além de um ambiente ruim.

Com muita habilidade, entretanto, foi moldando a equipe, conquistando a confiança dos atletas, que deram credibilidade à proposta apresentada pelo técnico – o que, conseqüentemente, contribuiu para o quadro de mudanças que está se desenhando. A maior prova de tudo isso foi o chocolate que o Furacão deu no Figueirense em pleno Orlando Scarpelli. "Um grande jogo! Um dos melhores, do Atlético, neste Brasileirão!" É o que tem repetido com euforia a torcida rubro-negra, muito merecidamente, desde sábado.

Quanto ao jogo, quando a bola rolou, o Atlético demonstrou que a vitória seria possível, a começar pela defesa, que foi composta por três zagueiros: Rhodolfo, pelo lado direito; Chico, pela esquerda e o capitão Antônio Carlos, centralizado, como líbero, não permitindo que o ataque dos catarinenses levasse perigo ao goleiro Galatto. Com a mesma firmeza estiveram também os alas Zé Antônio e Netinho.

Para fechar o meio-de-campo, o treinador atleticano optou ainda por Valência mais fixo e por Alan Bahia com liberdade para auxiliar Ferreira nas armações para os atacantes Júlio César e Rafael Moura.

Ora, Alan Bahia mais uma vez demonstrou que para fazer gol de cabeça não importa a altura do jogador, mas o posicionamento e o tempo de bola. Isso, aliás, ele tem de sobra. É por conta de situações como essa que me esforço para entender o porquê da má vontade de alguns torcedores para com esse jogador (artilheiro do time, além de já ter feito mais de 300 jogos pelo clube, só para encurtar a conversa) e que, muitas vezes, já tirou o Furacão da bacia das almas, como nesse jogo. Agora, se ele não atua bem, as críticas são desabonadoras, considerarando tudo o que ele representa para o grupo. Com autoridade, posso afirmar que ele não deve nada a ninguém.

De volta ao jogo, caro leitor! Rafael Moura, além do gol, fez boas jogadas e mostrou que, no Atlético, pode ser aquele artilheiro que não conseguiu ser em outras equipes. Com esses destaques, o Furacão deve permanecer na Série A, e como disse Geninho, com gosto de título. É isso!

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