Prevaleceu o supermando

No desespero, o time do Londrina que ainda sonhava em permanecer na Série A iniciou a partida sufocando o Coritiba, obrigando o goleiro Vanderlei a fazer boas defesas. Aos poucos, o Coxa foi se equiparando ao padrão de jogo.

Para isso, valeu-se de boas escapadas pelo lado esquerdo com Guaru. Foi por esse setor que a equipe do técnico Ivo Wortmann chegou para marcar com Marcelinho Paraíba que, a partir do gol, sempre esteve mais próximo para ampliar o placar do que para sofrer o empate. Dessa forma, terminou a primeira fase do jogo, que se inverteu na fase complementar.

Apesar de suas limitações, o time do Tubarão foi vencedor, porém não escapou da Segundona – o que é lamentável para uma equipe que já foi na década de 70 o terceiro melhor do futebol brasileiro e venceria a Taça de Prata em 1980.

É preciso uma mobilização na terceira cidade mais populosa do Sul do país para que o futebol londrinense possa voltar a trazer a alegria aos seus torcedores, a partir do Brasileiro da Série D – o que, convenhamos, é triste de encarar para quem já foi conhecido como o Caçula Gigante de nosso futebol.

Já o Atlético foi o melhor time na fase classificatória e não titubeou em golear o Engenheiro Beltrão na última partida da primeira fase, quando o técnico Geninho escalou Lima (que não decepcionou e deixou sua marca) em substituição a Rafael Moura, que mais uma vez cumpriu suspensão automática.

Além de Lima, Alberto mostrou que pode ser muito útil ao Rubro-Negro; Netinho também se empenhou, fazendo sua melhor partida desta temporada; e Renan, que tem demonstrado competência na iniciação das jogadas, conquistou a titularidade e, consequentemente, arrancou alguns elogios de seu técnico.

Independentemente do que ficou definido sobre a sequência da competição, o Atlético, que fará sete jogos em casa, é apontado como favorito ao título, largando com dois pontos à frente dos demais.

Por outro lado, a diretoria paranista deve estar atenta quanto ao Brasileiro, pois, neste, de 20 clubes classificam-se apenas 4. Teoricamente é mais difícil que o Paranaense. Toda atenção, portanto, nesse sentido, é pouca para que o time da Vila Capanema, bem diferente do ano passado, trabalhe para voltar à elite do futebol brasileiro, sem lhe permitir o direito de sair jamais de lá, porque chorar à margem de vencedores não é atitude para os times de nosso estado. É isso.