Se a magia, a beleza de um espetáculo e o encantamento de uma torcida apaixonada abriu o jogo entre Coritiba e Fluminense, enchendo de emoção alviverde o estádio Couto Pereira, cenas de selvageria dessa mesma torcida, lamentavelmente, se encarregaram de responder pela dor de mais um rebaixamento como forma de reação à incapacidade de permanecer na elite do futebol nacional.
Ora, era do conhecimento de todos a importância dessa partida na história centenária do Coritiba e nesse Brasileirão. E com muita razão. Só que o time não conseguiu superar os obstáculos impostos pela situação e, emocionalmente abalado, deixou que o Fluminense ditasse o tom do jogo, centrado na experiência de um único jogador: Fred. Isto por que a equipe carioca é formada por revelações de base, sem grandes estrelas, mas com um espírito aguerrido, bem próprio do fervor e da ousadia de uma quase adolescência que queria se garantir em campo. E se garantiu.
Deixando clara a pretensão de não cair para a Segundona, o Coritiba iniciou a partida buscando o gol e quase o conquistou com menos de um minuto de jogo, quando Marcelinho Paraíba, em uma arrancada pela esquerda, cruzou na grande área. Ariel antecipou-se e a bola sobrou para Renatinho, que não conseguiu completar a ligação.
Ao que tudo indicava, o Coxa parecia mais próximo do gol, pois pressionava o time das Laranjeiras, que cautelosamente se resguardava. Inclusive, aos cinco minutos de jogo, Marcos Aurélio, em cobrança de falta, quase abriu o placar. Não demorou muito, no entanto, para vir a resposta do Fluminense, em cobrança de escanteio de Conca, que por pouco não marcou um gol olímpico.
A partir daí, aprimoraram-se as marcações dos dois times, eliminando as possibilidades de gol, já que, além disso, não se concretizavam as finalizações de ambos os lados.
O time carioca, porém, em uma cobrança de falta ensaiada, abriu o placar com o lateral Marquinho, calando a torcida coxa-branca, que somente voltou a vibrar quando o zagueiro Pereira deixou tudo igual.
E mesmo com uma atuação irregular dos coxas, acreditava-se que na base da disposição física e da raça a vitória seria possível. Principalmente na etapa complementar, quando Ney Franco, tentando deixar o time mais ofensivo, fez modificações que não surtiram efeito devido ao estado emocional de seu elenco, que insistiu, equivocadamente, pelo meio da área, setor mais seguro da defesa do Tricolor. O Fluminense soube administrar o resultado que lhe favorecia para permanecer na Série A, rebaixando, consequentemente, o Coritiba para a Série B.
Agora, nada disso justifica a praça de guerra em que se tornou o Couto Pereira, com brigas generalizadas, envolvendo torcedores, arbitragem e policiais, o que levará o Coritiba a ser rigorosamente punido. É isso.
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