Espanha e Holanda chegaram à final da Copa do Mundo na África do Sul praticando um futebol de alta qualidade técnica em seu meio de campo. E quem leva vantagem nesse setor, normalmente, decide a partida – o que ficou comprovado na ocasião em que o Uruguai foi derrotado pela Holanda, quando o meia Sneijder, além de organizar a zona da inteligência, fez gol.

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Na mão oposta, os espanhóis não tomaram conhecimento dos alemães, passando um corretivo técnico, com os meio campistas Xavi e Andrés Iniesta. Um deles, aliás, poderia ter sido o craque da Copa, pelo que jogaram e pela importância que tiveram na realização do esquema tático que levou a Espanha a conquistar, pela primeira vez, um Mun­­dial, principalmente, o Iniesta que fez o gol do título. Já os germânicos Schweinsteiger e Özil, a exemplo do brasileiro Kaká, na hora da decisão, fracassaram.

O Bola de Ouro, o grande craque escolhido pela Fifa, no en­­tanto, foi o atacante uruguaio Forlán, contrariando as expectativas criadas em torno de outros nomes.

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Quanto à grande final, nos cinco minutos iniciais da partida, a Espanha chegou três vezes em condições de tirar o zero do placar, assustando os holandeses que passaram a fazer a marcação atrás da linha da bola. Essa estratégia trouxe benefício à Laranja Mecânica, pois Iniesta e, principalmente, o meia Xavi nada produziram durante os 90 minutos. Assim como estes, o holandês Sneijder não esteve bem.

Além do mais, o árbitro inglês Howard Webb permitiu o antijogo, prejudicando o espetáculo, distribuindo 12 cartões amarelos e um vermelho. Ainda assim, na segunda fase da partida, com os holandeses saindo para o ataque, a partida ficou mais empolgante. Inclusive, o atacante Robben desperdiçou ótimas chances, acontecendo o mesmo com o David Villa – um dos artilheiros da Copa.

Enfim, mesmo não sendo um jogo altamente técnico, na prorrogação, houve emoção, principalmente com a expulsão do zagueiro Heitinga – o que facilitou para que a Fúria atingisse o objetivo maior a que al­­mejam todas as seleções de futebol, inclusive o Brasil, que continua sonhando com o hexa. É isso.