O sonho do Paraná Clube de jogar nos contra-ataques não passou do segundo minuto de jogo, quando o Sport abriu o placar, com mais uma falha da zaga. O técnico Lori Sandri acreditou que traria do Recife pelo menos um empate, já que escalou o time no 361. Ora, esse sistema tático, ao contrário do que muitos pensam, não é defensivo. Na realidade, qualquer sistema tático só funciona quando os jogadores têm capacidade para executá-lo o que não aconteceu nessa partida. É preciso entender que faltou futebol ao Tricolor, que só não levou mais gols graças às defesas do goleiro Gabriel. Para complicar a situação, no próximo domingo, enfrentará o Atlético, na Arena da Baixada, que vem de vitória difícil contra o Palmeiras, mas convincente.
O Coritiba venceu o Brasiliense e a arbitragem
O Brasiliense, com novo treinador, Givanildo de Oliveira, não esperava tantas dificuldades ao jogar em casa. O Jacaré atuou com três atacantes: Dimba, Iranildo e Reinaldo Aleluia. Aliás, este foi, ao lado de Andrianinho, que entrara no intervalo, o destaque da equipe candanga. Já o Coritiba teve um bom posicionamento, entretanto, não criou oportunidades para marcar gols. Agora, o técnico René Simões tem grandes méritos nesse resultado, pois insistiu na contratação de Ricardinho, originalmente meia, que estreou como segundo atacante (teoricamente) e, mesmo sem entrosamento, mostrou a capacidade técnica que foi fundamental para o equilíbrio do meio-campo.
O Alviverde, ao ser pressionado, contou com o talento do goleirão Édson Bastos, com defesas sensacionais. E, se realmente um grande time começa por um grande goleiro, está aí a esperança: a torcida coxa já pode considerar o Coritiba na Série A.
De volta ao jogo. Para a fase final, René Simões percebendo que poderia vencer, ousou ao substituir Ivo (lateral) pelo atacante Keirrison, que trouxe outra dinâmica ao time do Alto da Glória por isso insisto na titularidade desse jogador.
Aliás, Keirrison fez um gol legítimo que o assistente, João Patrício de Araújo, invalidou. Sem mencionar os outros dois impedimentos assinalados, equivocadamente, por esse mesmo assistente. Além disso, o árbitro Luís Antônio Silva Santos, aquele mesmo que inventou um pênalti a favor do Inter contra o Atlético, não apitou um pênalti claríssimo, quando o zagueiro Padovani meteu a mão na bola.
O melhor, porém, aconteceu nos acréscimos: Túlio, que entrara no lugar de Ricardinho, fez o gol da vitória que deixou o Coritiba mais confiante para a seqüência da competição. E, dessa vez, a arbitragem nada pôde fazer. Isso é tudo.
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