A crise atual da seleção brasileira é literalmente desconcertante. Para compreendê-la é preciso, primeiramente, que cada um se erga a uma consciência de esporte tão abrangente como a paixão que se tem por uma bola em qualquer parte do mundo por onde ela rolar.

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E a bola da nossa seleção está em pane. Diga o que disser, mas esta idéia de empatar com a Bolívia, jogando quase 45 minutos com um jogador a mais, levando um suador, é inadmissível.

Além de inadmissível é também revoltante não assistir a uma jogada de linha de fundo, perceber que mesmo com três atacantes não houve sequer um chute ao gol boliviano no primeiro tempo. E, por várias vezes, o zagueiro Luisão, ao invés de tocar a bola para um dos volantes iniciar as jogadas, lançava essa bola direto para o ataque. Esse tipo de comportamento é próprio de equipes sem estrutura tática. E digo mais, tudo isso diante da seleção boliviana, que se disputasse o campeonato brasileiro, provavelmente, seria um dos rebaixados.

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Não bastassem tantos desencontros de nosso futebol local, ainda me vem a seleção lembrar outras impropriedades que me recuso a aceitar como falta de estratégia de jogo. E o pior é que, a despeito da revolta dos torcedores, nada nesse sentido acontece. Vai-se protelando mais um pouco, pois consideram que faltam ainda dez jogos.

Ora, quando se tem recursos financeiros e liberdade para compor um elenco, com tantos talentos de fazer inveja a qualquer nação, não se pode errar assim tão grosseiramente.

Empate nem pensar!

Amanhã, quando o time atleticano entrar em campo, no chamado jogo dos seis pontos, para enfrentar a Portuguesa, não há dúvidas de que Geninho terá a maior recepção que um técnico já teve na Arena. E toda essa energia positiva só pode contribuir para o sucesso da equipe rubro-negra.

A respeito da escalação, pouco interessa nesse momento – mesmo porque a dedicação será a maior aliada, pelo menos na estréia do novo treinador.

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Por outro lado, Esteves Soares acredita que a Lusa do Canindé saberá conter o ímpeto do Furacão e a estratégia serão as saídas rápidas, em contra-ataques. Em última análise, nessa partida o derrotado poderá terminar a rodada na lanterna, caso o Ipatinga vença o Galo mineiro. Por tudo isso deveremos ter um grande jogo na Arena.

É isso!