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Atlético e Corinthians-PR, com estilo de jogo parecido, faziam uma partida bem equilibrada até acontecer o gol do zagueiro Rho­­dolfo, que fez a galera atleticana tirar o pé do chão e trouxe tranquilidade para o Furacão – que fez sua melhor partida nesta temporada.

O técnico Leandro Niehues, na impossibilidade de contar com Netinho (suspensão automática), escalou Alan Bahia para ser o companheiro de Valencia. Este que, ao contrário dos jogos anteriores, quando se prendia na marcação, teve liberdade para articular as jogadas no meio de campo, mas não o fez – o que é compreensível, uma vez que ali não é sua praia.

Diferentemente disso, Alan Bahia, como de costume, manteve um bom desempenho ao lado do Paulo Baier. A dupla demonstrou que sem eles o Rubro-Negro fica carente de jogadas no globo central, setor que normalmente decide a partida.

É preciso valorizar ainda o trabalho realizado por Bruno Mi­­neiro, que nesse jogo marcou dois gols, além de mostrar um entrosamento significativo com Javier Toledo. Outro que esteve muito bem foi o ala esquerdo Márcio Azevedo.

Por outro lado, o Corinthians-PR, embora tenha sofrido essa goleada, teve chance para diminuir a diferença do placar, mas não o fez. E, individualmente, o zagueiro Neto e os meios-campistas Cí­­cero e Ronaldo, além de Oliveira, que fez o gol de honra, são os destaques positivos do time do Parque Barigui.

Recordar

Guardadas as devidas proporções, o Santos, no início desta temporada, lembra aquele time que, em 1964, venceu o Botafogo de Ri­­beirão Preto por 11 a 0.

Ora, o time santista tinha na­­quela época o Rei Pelé, que naquele jogo marcou oito gols. Além dele, compunham o esquadrão alvinegro o ponta-direita Du­r­­val, o meia-atacante Men­­gálvio, o centroavante Coutinho e o ponta-esquerda Pepe, também conhecido como o Canhão da Vila, pela potência do chute e todos com faro de gol.

Na mesma esteira de observação, o time atual também vai ao ataque com cinco jogadores, pois além de articularem as jogadas ofensivas, Marquinhos e Paulo Henrique Ganso aproximam-se dos atacantes Robinho, Neymar e André.

Seja como for, com essa postura, em dois jogos, o Peixe Praiano marcou 19 vezes. Isso demonstra que a melhor defesa continua sendo o ataque. Pena que, pela pressão que os técnicos recebem, a maioria arma o manjado esquema de jogar no erro do adversário, mesmo quando possuem jogadores com qualidade para atacar. Tomara que o treinador Dorival Júnior mantenha essa filosofia e que possa ter seguidores!

Tal reflexão não poderia ser, e não foi apenas um mero retorno ao passado. A vida no esporte é ou­­tra; outra a retórica em que se tra­­duzem as relações esportivas.

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