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A competência do técnico Ney Franco falou mais alto na grande partida que o Coritiba fez contra o São Paulo, no Morumbi. E sabe por quê, caro leitor? Por não titubear na escalação de uma equipe ofensiva, contrariando a expectativa dos são-paulinos, que contavam com um time retraído, para que pudessem sair nos contra-ataques. Porém o técnico coxa-branca escalou Pedro Ken pela lateral direita e Renatinho pela esquerda, como atacante, deixando Ariel centralizado (substituído por Bruno Fressato, por contusão), além das aproximações de Marcelinho e Carlinhos Paraíba. Com essa postura, o Verdão curitibano mantinha a posse de bola e a partida transcorria dentro do planejado.

Infelizmente para o Coritiba, Leandro Donizete desafinou o tom, errando o passe, do que se va­­leu o São Paulo para abrir o placar.

A partir desse lance, o Tricolor do Morumbi passou a ditar o ritmo da partida e, pelo volume de jogo, ti­­nha-se a sensação de que o segundo gol do Tricolor seria de imediato.

Renatinho, entretanto, deixou tudo igual e Marcelinho virou para o Coritiba em gol olímpico, na falha dos zagueiros e do goleiro Rogério Ceni – o que, em hipótese alguma, desqualifica a beleza desse gol. Agora, na cobrança de escanteios, é preciso que tenha um za­­gueiro na primeira trave para evitar a passagem da bola, além da atenção do goleiro – conhecimento básico de qualquer time de futebol.

Já para a etapa complementar, o Alviverde paranaense, apesar de sofrer o empate, atuou melhor que no primeiro tempo, principalmente com a entrada de Marcos Aurélio no lugar de Luciano Amaral, passando Renatinho para a lateral, revezando com Carlinhos Paraíba. Isso levou um perigo constante ao time paulista, salvo pelo travessão em um arremate de Marcos Aurélio, já nos acréscimos, fechando, assim, um bom trabalho do técnico Ney Franco e uma senhora atuação dos jogadores do Alto da Glória.

Olimpíada

Pela primeira vez, o Brasil competirá em todas as modalidades esportivas, na Olimpíada de 2016 – o que aponta para o desenvolvimento cultural do esporte deste país, que ainda comemora a conquista.

Não há, contudo, só festa neste contexto. Nem tudo é apenas competição. Há, antes de qualquer coisa, um grande negócio em demanda, que envolve toda a nação. E disso não se pode esquecer.

Mais uma vez, é por meio do esporte que crianças trocarão a droga, a fome e o abandono por uma bola, agora assistida e comprometida com a educação. Ha­­verá ainda uma geração de emprego e um serviço público decente pelo qual tanto esperamos.

Neste sentido, nossas responsabilidades são enormes – tanto quanto a alegria que sentimos ao superarmos EUA, Japão e Espanha. Vamos à luta, porque o que não nos falta é o que fazer. É isso.

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