O vencedor do Atletiba fica por conta de cada torcedor, que, comprometido apenas com a paixão, elege seu time como eterno vencedor. E é isso também que garante a preferência dos brasileiros pelo futebol.
Na contramão das paixões, nos clubes ninguém assume o favoritismo e o discurso dos boleiros, comissão técnica e dirigentes é o seguinte: "Na hora do jogo, as coisas se igualam. O vencedor pode ser definido em um detalhe". Como se os detalhes não fizessem parte dos outros jogos também. Brincadeira! O temor começa dentro do próprio clube, principalmente, com alguns dirigentes que, entre outras palavras, costumam dizer "podemos perder para todo mundo, mas para eles, não".
Ora, essa atitude, às vezes, traz prejuízo para alguns jogadores, que, emocionalmente, não seguram a onda. É muita cobrança para pouco retorno que tem a duração real do tempo da concretização ou da perda de um gol. O que piora a situação é que um atleta pode se fazer ou se desfazer (ainda no plano da ilusão) por conta de um Atletiba.
Sobre as equipes, o Coritiba não terá o volante Alê (suspenso pelo terceiro cartão amarelo). Leandro Donizete pode ser a bola da vez. Contudo, Dorival Júnior tem, à disposição, o zagueiro Felipe. Com isso, o time coxa-branca ficaria com três zagueiros, com mais liberdade para Carlinhos Paraíba no meio. Seria uma boa saída.
Em contrapartida, o Atlético, que não terá Antônio Carlos (também pelo terceiro cartão amarelo), terá Valência, que deverá ser o primeiro volante. Fernando pode ser seu companheiro, apesar de entender que Alan Bahia seja ainda a melhor opção.
Ainda em tempo: conversando com alguns torcedores das duas equipes, perguntaram minha opinião sobre o vencedor do Atletiba. Respondi que o Coritiba é o favorito, mas favoritismo não ganha jogo.
Comelli se rendeu
Para falar sobre o jogo do Paraná, contra o Criciúma, é preciso tomar como parâmetro a partida contra o América-RN. O time nordestino teve espaços para atuar, ao passo que o time do técnico Paulo Comelli, além de não se impor, ainda permitiu que, em um único chute, os visitantes pudessem abrir o placar. Quando tudo parecia que se tratava de um replay, Comelli se valeu da habilidade de Giuliano, que estava na reserva, para fazer o gol de empate, que trouxe o ânimo necessário para a conquista da vitória.
Contra o Criciúma, porém, o técnico do Tricolor não pode abrir mão desse jogador que, mesmo tendo atuado em menos jogos, em função de estar na seleção brasileira sub-20, é o artilheiro do time. Além disso, Giuliano é também unanimidade entre todos que acompanham o Paraná.
Portanto, Comelli, agora é a hora de usar sua experiência de 17 anos na estrada. É isso.
dionisiofilho@gazetadopovo.com.br
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