O Coritiba continua vivendo seu inferno astral. Dessa vez perdeu para o Ceará. O papo foi o já manjado: a bola não quis entrar, faltou sorte, a arbitragem prejudicou marcando um pênalti, não faltou garra... Só um detalhe: a penalidade realmente aconteceu. Marcelo Batatais puxou o atacante cearense pelo braço. Tudo isso não justifica perder para o Ceará, mesmo jogando em Fortaleza. O time nordestino luta para manter-se na Segunda Divisão; por outro lado, o Coxa pretende voltar à Série A. A equipe alviverde não vence há oito partidas e pelo que não fez, a sexta colocação é um presente. Ainda há tempo para a classificação no G4, agora, para buscar o título...

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Depois do empate com o Santo André, ocorreram manifestações de alguns torcedores, dentro da normalidade, já que o resultado não foi o esperado. Após a derrota para o Ceará, eles foram ao aeroporto tirar satisfações com os jogadores e o reencontro acabou em briga. Entendo a paixão pelo time, mas não é com violência que se melhora o rendimento. Na realidade, além das limitações técnicas, o Coritiba está despersonalizado. Amanhã, tem que ganhar do Marília. Qual será o comportamento dos jogadores depois das agressões? Bonamigo suportaria outro insucesso? O presidente Giovani Gionédis garante, em entrevista coletiva, que o técnico permanecerá até dezembro. Está dito.

Eltinho jogou muito. Fica esperto, Edinho!

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Gostei da forma como Caio Júnior posicionou a equipe paranista para vencer a Ponte Preta. Mesmo sem cinco titulares, o Tricolor teve boa performance. Mas o que me chamou atenção foi a facilidade com que os jogadores variaram o sistema tático. A equipe jogou no 4-4-2, no 4-3-3, no 3-5-2 e, por algumas vezes, no 4-2-4 com Batista e Pierre na marcação e Sandro e Maicossuel atacando ao lado de Cristiano e Jeff.

No cruzamento de Peter, Eltinho, de cabeça, fez o primeiro gol do Tricolor. O Edinho que se cuide, porque Eltinho, o melhor do jogo, pode ganhar a titularidade. Tuto empatou para a Macaca de pênalti. Mas o Paraná manteve a tranqüilidade e o gol da vitória veio também, de uma penalidade convertida por Batista. O placar só não foi alterado, porque Jean, em uma noite iluminada, fez excelentes defesas sendo o melhor jogador da equipe campineira.

Com esquema tático parecido, Juventude leva a melhor.

Quando as equipes são parecidas, taticamente, qualquer resultado é normal. Foi o que aconteceu com Atlético e Juventude. Jogando em casa, a equipe gaúcha foi mais audaciosa, não deu espaços para o Atlético, estando sempre mais próxima da vitória. Até que o Atlético tentou alguns arremessos de longe, mas quem saiu na frente foi a equipe gaúcha com Christian. Paulo Rink deixou tudo igual no fim da primeira etapa, para desespero do Juventude, que até então fazia por merecer a vitória parcial.

No intervalo, Vadão modificou: saiu Erandir e entrou Alan Bahia. Tudo parecia que ia melhorar, mas João Leonardo falhou e o Juventude fez o segundo gol com Alexandre. Wellington, depois do rebote do goleiro Cléber, fez o terceiro para os gaúchos. O técnico Vadão, sentindo que poderia levar o quarto gol, colocou Válber e Pedro Oldoni nos lugares de Marcos Aurélio e Ferreira. Com isso, o Furacão foi mais ofensivo e Pedro Oldoni fez o segundo do Atlético. Aliás, não entendo como este jogador, mesmo sendo o artilheiro, ficou dois meses afastado da equipe, sem ficar sequer no banco de reservas.

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