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Quem assistiu à derrota do Paraná para o Nacional, de Rolândia, no domingo, não poderia acreditar que o time paranista pudesse ao menos empatar com o Coritiba. E quem duvidou tinha todos os motivos cabíveis para isso. Afinal, naquela ocasião a equipe de Vila Capanema saiu duplamente derrotada do estádio: perdera a partida e seu treinador.

Depois de tudo isso, o novo treinador Wágner Veloso assumiu a equipe e teve apenas um dia para ajustar o Tricolor, que, na quarta-feira, entrou em campo sabendo que a derrota seria a gota d’água para rolarem cabeças. Os "boleiros", conscientes dessa situação, tomaram uma atitude fantástica: decidiram que venceriam o Coritiba, de Ivo Wortmann, e, numa postura aguerrida, partiram para o tudo ou o nada. Conquistaram o tudo.

Na outra mão, o técnico coxa escalou Pedro Ken, teoricamente, como ala, mas, quando a bola rolou, o que se viu foi a movimentação deste aparecendo como um jogador de meio-de-campo, inclusive, atuando algumas vezes como atacante. Inicialmente, com esse plano tático, parecia que tudo aconteceria de maneira convincente para o bem Verdão. O zagueiro Cleiton, que atua pelo lado direito, além de fechar o setor com boa marcação, ainda arriscou alguns apoios ao ataque, até que Velloso, percebendo que perdia o duelo no meio, orientou Fabinho para se aproximar de Pedro Ken. Este passou a não ter a mesma facilidade, inclusive, para finalizar.

Dessa forma, mesmo com empate sem gols, no primeiro tempo, foi um bom jogo, pois os goleiros Vanderlei (do Coritiba) e Rodolfo (do Paraná) foram figuras importantes com grandes defesas, ficando a expectativa de um segundo tempo ainda melhor. E foi.

Quando Luís Henrique marcou para o time da Vila Capanema, o Estádio Dorival Britto tremeu. A felicidade do tricolor, contudo, não passou de dois minutos, pois Hugo deixou tudo igual.

Ao invés de ficar desolado, o Paraná buscou a vitória por meio de Lenílson que marcou um gol de bola "sadia", aproveitando uma ótima jogada de Murilo, que ao lado de Lenílson, foi o melhor do jogo.

É óbvio que essa vitória trará ao novo comandante paranista, Wágner Velloso, confiança, respeito e tranquilidade para desenvolver um bom trabalho e ter, certamente, o mesmo destino de tantos outros que já passaram por aqui, como Caio Júnior, Cuca, Pintado, Adílson Batista e Zetti, para reafirmar a historia de que o Paraná não só revela jogadores, mas também treinadores. É isso.

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