O Coritiba é o clube que deixou sua marca este ano pelo recorde de vitórias seguidas, superando a Academia do Palmeiras. E está vivendo ainda um momento especial, liderando a artilharia do campeonato. Os gols em profusão principalmente no Alto da Glória saem com uma naturalidade encantadora. Outro dia, nesta mesma coluna, disse que Rafinha, Léo Gago e Marcos Aurélio estavam perdendo um pouco daquela magia do primeiro semestre, onde usavam e abusavam do envolvente toque de classe.
Hoje o reencontro com o prazer de se jogar é claro. A alegria voltou como nos tempos do Regional e da Copa do Brasil. Tcheco entrou para cadenciar. Deu ritmo e andamento a um setor talentoso, onde deslizavam Anderson Aquino e Davi. Por isso Bill conclui. Por isso Emerson testa. Por isso todos marcam. E é por isso que o Coritiba cresce e ganha espaço na luta por uma vaga (difícil) na Libertadores.
Tudo é possível para quem sofreu o golpe na perda da Copa do Brasil, e o trágico nocaute que o derrubou em 2009. Chegar ao limite da resistência na dor, suportar este grau de tortura dentro de casa e se superar com altivez, são valores que dão esperanças sempre. E, principalmente, com um trabalho sério e apaixonante.
No futebol e na vida, algumas mentes têm o privilégio de ser agentes facilitadores. Dirigente para técnico, técnico para jogador, assistente para artilheiro, e por aí vai. No Alviverde, Vilson Ribeiro de Andrade foi a mente que raciocinou melhor na maior escuridão. Passou a luz para companheiros de diretoria. Que repassam aos sócios. Os técnicos Ney Franco e agora Marcelo Oliveira para jogadores. Os mais experientes para os novos. E assim o globo simbólico foi fechando.
Que me perdoem os conservadores, mas a vida é um processo constante de renovação e criatividade. Em tudo. Nada deve estagnar. E o Coritiba é hoje um ancião que não precisou recorrer às mãos habilidosas do professor Ivo Pitanguy para rejuvenescer. Sua administração é moderna e apaixonante com gente da casa.
Golaço turco
O grande fato esportivo desta semana aconteceu na Turquia. Uma partida do campeonato local que deveria ser jogada de portões fechados como punição pela violência dos torcedores do Fenerbahçe, time do Alex acabou recebendo mais de 40 mil... mulheres e crianças. Decisão inteligente de uma autoridade do governo turco, que impediu a entrada de arruaceiros, liberando gratuitamente para a festa de um público consumidor quase inexplorado.
Veja a diferente motivação que tem o artista diante de um auditório vazio e aqui no Brasil já tivemos inúmeros casos e um visual cheio de alegria e beleza! Tão fácil, não é mesmo?
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