Gosto muito da região de Foz, onde tudo flui e nada embolora. A Rio-20 bem que poderia ser aqui. Por acaso haveria lugar outro no mundo para debater sobre energia e biodiversidade do que neste paraíso da mata nativa e águas borbulhantes? Mas o Rio também tem seu carisma, então vamos recolocar o mundo nos eixos.
Por aqui, no umbigo do mundo, os governos de Brasil, Argentina e Paraguai tomam consciência de que o turismo é forte na região e que juntos podem crescer muito mais. É apenas uma questão de inteligência. E foi assim que, unidos, Brasil e Argentina se fortaleceram e as Cataratas dos dois lados ganharam o prêmio Sete Maravilhas da Natureza. O mesmo está acontecendo com o turismo de compras, onde Brasil e Paraguai estão adotando parcerias dinâmicas.
Interessante que o futebol da região não tem a força nem sequer de uma bica d água. Cafu, capitão do penta, foi reprovado numa peneirada de garotos por algum gênio da lapidação de base do Foz. Também tem disso. Puerto Iguazu está crescendo e a carne argentina é imbatível. Messi ainda não é amado tanto quanto Maradona. "La Pulga" é politicamente muito correto para o gosto extravagante dos hermanos. E o Neymar, hein? Foi pedir a camisa do argentino depois do jogo, num gesto de subserviência... O que é que é isso, Neymar? Pior, não levou. Lembrou-me Robinho acariciando seu ídolo Zidane na eliminação da Copa de 2006, e de Zagallo beijando o técnico francês depois da final da Copa da França. Isso me deixa indignado, e eles pensam que é fair play. Nada a ver. Ricardinho, íntegro, jamais faria tal gesto. Elegante sim é o gesto do vencedor que consola o derrotado.
O Paraná Clube atual já tem sua cara. Sem atores de ponta para fazer bilheteria, apega-se em roteiro e direção confiáveis. Voltar para a elite do Paranaense é uma questão de semanas; para a Série A do Brasileiro é uma ideia que começa a ser semeada. E por que o Atlético mandou Carrasco embora? Foi o técnico que mais promoveu jogadores da base; que ganhou um turno e foi vice do Paranaense; que teve uma campanha nunca inferior a qualquer outro da Copa do Brasil; e que jamais jogou dentro de seu estádio.
Se o Coritiba jogasse a primeira em casa e perdesse de dois como o Grêmio perdeu para o Palmeiras, jamais se classificaria em São Paulo. Jogou bem e deixou a batata quente nas mãos do Leão. Acho que no mínimo pode levar a decisão da semana que vem para os pênaltis. O que não chega a ser um mau negócio. A continuidade de Marcelo de Oliveira é salutar sempre, desde que tenha o elenco nas mãos. Por isso o Coritiba está dentro do esperado.
Pelo abismo financeiro que separa nossos clubes dos outros beneficiados pela televisão e patrocinadores, a única saída dos da capital é a tríplice aliança. Para que haja força de reivindicar. Ainda somos apenas emergentes. Há que se dialogar usando a ponte da amizade. O trio de ferro como um bloco é forte; isolados são apenas coadjuvantes. Eventualmente reconhecidos.
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