Os resultados de Coritiba e Santos no meio da semana eclipsaram um pouco o brilho do jogo de amanhã no Couto Pereira. Mas não se apaga por completo, em se tratando de duas escolas que encantaram – talvez os melhores times do ano, ao lado do Vasco da Gama – durante o primeiro semestre.

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As ausências de Neymar e Ganso, estas sim, é que se lamenta. Para as gerações que não viram (ao vivo) Garrincha e Didi, artistas da bola dos quais os santistas parecem herdar os mais puros fragmentos, resta o consolo de assisti-los outras ve­­zes pela tevê, direito este que não havia no tempo em que os dois mestres jogavam.

Já o Atlético, que foi uma espécie de lesma anestesiada durante as dez primeiras rodadas do Bra­­sileirão, recuperou-se – mais moral do que tecnicamente – e agora parece aceso. Evidente que a partida de amanhã contra o Cruzeiro, em Sete Lagoas, será du­­ríssima, mas o campo acanhado lhe favorece. Pior para o Atlético se o jogo fosse, por exemplo, no Mi­­neirão. Pelo estilo técnico do Cruzeiro, jogar no abafa nas atuais circunstâncias, é mais interessante para o Rubro-Negro. Apenas a ausência de Nieto incomoda.

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A verdade é que toda análise sobre futebol se baseia em fases. Existem as fases anuais e aquelas de meses, ou períodos, como queiram. O Santos, por exemplo, teve um domínio absoluto de 1955 a 1963, mais ou menos por aí. Outros grandes clubes do mundo, como Bayern de Muni­­que, Benfica, Por­­to, Real Madri, Barcelona, Peñarol, etc., dominaram – alguns ainda dominam – seus territórios por anos a fio. Aqui o Coritiba nas décadas de 50/60 e o Paraná Clube nos anos 90, reinaram absolutos.

Há também ciclos mensais. Na Série B, o Paraná, tanto neste quanto no ano passado, ficou no G4 por várias rodadas e desabou. O Coritiba passou da cheia para a minguante com a perda da Copa do Brasil e a derrota para o Atlé­­tico-GO. A volta da estrela Davi deu-lhe outro astral por alguns jogos, mas na quinta-feira, fora de casa, contra o Atlético-MG, não passou de um asteroide. O Atlético local está num crescente que já duram dez dias. Encontra-se em conjunção com o Sol. Está no melhor momento para o grande desafio de amanhã, quando faz sua aterrissagem (alunissagem) em Sete Lagoas.

Enfim, oxalá todos os santos iluminem nossos representantes. E que neste domingo a terra seja vista de outra cor, que não branca ou azul.