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É difícil encontrar alguém disposto a qualquer tipo de mudança que provoque risco. Por isso, quando expressamos uma atitude mais ousada, ficamos expostos às críticas. Algumas ponderadas, outras nem tanto. Assim é a vida que se carrega, cada um com o livre arbítrio. Também não sei se é pecado deixar as coisas como estão, mas tenho certeza de que não há nada de errado ao enfrentar o desafio. Desafio é uma coisa que corre como o sangue nas veias de um atleta, mas que se torna muitas vezes anêmico no corpo de quem administra. Por isso alguns poucos corajosos passam a ser tão especiais. No caso do futebol, dirigentes e técnicos.

Benditos Telê, João Saldanha e Rinus Michels que, no meu modo de ver, foram especiais nesta travessia sem rede embaixo. A cobrança em cima deles, todos nós sabemos, foi com traulitada de todos os lados, justo pela ousadia que tiveram ao implantar um futebol avançado no sentido mais amplo da palavra. O bom é que o reconhecimento veio e o que é mais importante: são vencedores.

Vejo em Juan Carrasco um técnico no mínimo corajoso. Neste pouco tempo de Atlético, tem sido ousado e ao mesmo tempo responsável. A rotatividade que promove em diversas posições não altera o plano de jogo. O uso de um só volante e com característica avançada, deu rapidez a um ataque que também é solidário na proteção da defesa.

Carrasco usa um critério de avaliação individual tão rigorosa, que faculta a ele o direito de alterar o time a qualquer tempo de jogo ou adversário. Errou algumas vezes, sim. Mas até aqui acertou bem mais, como na quinta-feira em Criciúma.

Carrasco parece adotar fragmentos dos mestres citados. Se ficar no Rubro-Negro por um bom tempo, pode até entrar para o rol dos inovadores especiais. Coragem para desafios não lhe falta.

Punguista

Quando validaram o gol do Criciúma contra o Atlético, percebi que ali sim o bordão "roubou a bola" (ou "bateu a carteira"), cairia bem. Quase sempre o clichê é usado de forma inadequada, pois o atleta que tira a bola do adversário legalmente, não está roubando nada. Mas naquele momento sim. O atacante Zé Carlos agiu como um punguista "roubando a bola" que estava com o jogador Vinícius – "a posse é do goleiro enquanto este bater a bola no chão ou controlá-la com suas mãos", diz a regra. Aí então a bizarrice ficou completa com o veredito do "delegado" quebrando o flagrante, inocentando o "malandro" e ainda punindo a vítima com cartão amarelo.

Pois é, sem a frouxidão do árbitro e com dez jogadores em campo – Zé Carlos já tinha cartão amarelo e deveria tomar pelo lance o segundo – tudo indica que o Atlético sairia classificado. Foi mais um nocaute na honestidade e talvez o primeiro caso para o ouvidor e a corregedoria de arbitragem da CBF resolver.

Reativado

Meu e-mail acima esteve desativado por um bom tempo. Lamento e peço perdão. Agora, felizmente, já está curado... Um abraço fraternal e uma Páscoa com muito amor a todos.

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