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Hoje todas as dinastias desfilam para os olhos do mundo, num espetáculo que se completa com a explosão da pólvora, uma descoberta do disciplinado povo chinês. Passado o encanto dos fogos e da quase infinita cerimônia de abertura – afinal, todos os "oitos" ( 8 de 8 de 2008, 8h08) debruçados simbolizam o infinito – começa uma grande marcha olímpica que irá até o dia 24 de agosto.

A cidade de Pequim está em ebulição. Acredito que boa parte da China também esteja borbulhando, como constatei em Shenyang, uma das sedes em que o futebol "queimou" na largada. O clima aqui é de calor humano, verão muito forte e agora de competições ardentes.

A febre estrangeira pela compra de instrumentos eletrônicos começa a dar espaço para as disputas esportivas, ou no mínimo, divide com elas. Os yuans que deveriam ser usados na compra de um iPod Touch mergulham para o bolso do cambista que vende por quatro vezes mais caro um ingresso para a prova de natação; um mineiro de Valadares (uai, agora estão vindo para cá também?) abre mão do boom do momento, o trio MP3, GPS e Iphone, para entrar algumas vezes no "Ninho do Pássaro". Tudo isso porque começa a grande marcha para mostrar a cara desta nova China, hoje regida por um sistema socialista de mercado. Posso antecipar que é o início de uma das mais bem estruturadas Olimpíadas que cobri.

Já foi a época em que cabo-de-guerra ou tiro ao pombo eram esportes olímpicos. Hoje dão lugar ao vôlei de praia, nado sincronizado e triatlo. Como tudo muda, as Olimpíadas mudaram bastante e a China também. Eles evoluíram nos últimos 30 anos em tudo, e no esporte não poderia ser diferente. Os chineses querem bater os norte-americanos no pódio, e terminar em primeiro no número de medalhas. Porém, para que nenhuma nação seja oficialmente declarada vencedora dos Jogos, o COI não faz uma contagem oficial de pontos por país. Assim, nenhuma nação é declarada oficialmente vencedora dos Jogos.

O que importa para o Brasil é ultrapassar o número de medalhas de ouro (5, Atenas-2004) e no geral (15, Atlanta-1996). Penso que as possibilidades no geral sejam mais críveis do que em medalhas de ouro. O número de atletas e a qualidade cresceram e se diversificaram, podendo cair o recorde de 15 pódios de Atlanta-1996.

Baixar para dez

Nos anos 70, cada jogador corria em média a metade do que corre hoje. Antes havia espaços, e as jogadas eram mais clássicas. Hoje há que se ter habilidade de futsal, já que os espaços ficaram pouco vulneráveis. A solução que Internacional Board pode fazer é limitar para cada equipe um máximo de 10 jogadores. Como está atualmente, é sinusite pura! Mas, seguramente, isso não vai acontecer tão cedo. Então que o Dunga aproveite em rotatividade tudo o que tem de direito para renovar o fôlego desta sauna que virou Shenyang logo no começo do segundo tempo, até porque tecnicamente os reservas se equivalem aos titulares. A imprensa local não gostou. Para o técnico a culpa foi do gramado, do calor e da falta de treinamento. Concordo com o terceiro item, mas o calor e o gramado não seriam tirânicos a ponto de prejudicar apenas a seleção brasileira.

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