Semelhante ao clima da cidade, os clubes daqui continuam imprevisíveis, variando de uma hora para outra, de temperatura agradável a nuvens e trovoadas, ameaçando chuva e frio, e de repente um forte calor. Em Curitiba, as quatro estações podem acontecer num só dia.

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A bem da verdade, neste Brasileiro – exceto o Corinthians, que perdeu para o Internacional, mas continua sendo pule de dez –, todo mundo (inclusive Grêmio e Atlético-MG) está neste balancé classificatório. E assim será até o final.

No entanto, convivendo já algum tempo com o clima instável dos nossos clubes, dá para arriscar e até prever em curto prazo o que vem pela frente. E sem o auxílio tecnológico de que dispõe a jornalista Maria Júlia Coutinho (Maju), a queridinha garota do tempo do Jornal Nacional.

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Na segunda-feira, quando o “Senadinho” aqui da Gazeta colocava em xeque nossas opiniões sobre os jogos de Coritiba e Atlético no meio da semana, cravei vitória coxa e derrota atleticana. Por quê? Porque, a olho nu, era visível a curva descendente do Atlético. E o campo neutro assinalava bom tempo para os gaúchos. O Atlético perdeu o jogo, embora enchendo o cofre com o show de Rod Stewart.

Situação inversa foi em Brasília. O lucro do Flamengo (R$ 1,5 mil) com a bilheteria potencializou o discurso de Ney Franco para os jogadores do Coritiba. Lembrou, em tese, o que Ênio Andrade disse aos atletas antes daquela final contra o Bangu, no Maracanã. E ganhou bonito. Aliás, ajusta-se nessa comparação, a presença de dois ilustres torcedores. Em 1985, no Rio, o respeitado contraventor Castor de Andrade. Em Brasília, o suspeitíssimo Eduardo Cunha, torcendo pelos cariocas.

O bom que fica dessa semana é que o aluguel do Couto para o Atlético materializou o diálogo civilizado entre os clubes. A aproximação, na prática, de Petraglia e Bacellar, é como dois na gangorra, restaurando a confiança sem desavenças.

Até o final do clássico de amanhã, não há porque lembrar crises internas do Coxa e do Rubro-Negro – casos “R$ 200 mil”, “WhatsApp”, “dívidas da Arena”. Tudo fica para dentro do campo, o que é muito melhor.

Os últimos resultados, a fase atual de cada um, e o fator campo, significam que o Coritiba é o favorito para amanhã, certo? Errado. O Atlético teve mais tempo. O Coritiba atingiu o limite físico e mental contra o Flamengo. É improvável que mantenha o mesmo grau de superação que teve em Brasília. O Atlético sim deve crescer. Cravo empate. Chova ou faça sol.

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Palpite

Quarta-feira o Paraná Clube elege seu novo presidente. Não conheço nenhum dos dois candidatos. Porém, admiro e respeito muitos daqueles que apoiam tanto um como outro.

Soube que, basicamente, as propostas mais conflitantes dizem respeito à venda ou não do patrimônio da Kennedy. Sem meias palavras: deve ganhar a chapa que não pretende vender a sede social.