Um ano antes de abrigar pela segunda vez a Copa do Mundo, o Brasil despenca para a 18.ª posição no ranking da Fifa; o Atlético, time de massa, de paixão, de popularidade, enclausura seus monges, os tira da mídia alegando sei lá o quê – talvez a busca de união mística com o seu Deus – e abandona seus fiéis torcedores; propagado como o Clube do Século 21, e donatário do maior patrimônio da região, o Paraná não segue os direitos e deveres da carta foral da coroa, e coloca à venda a segunda capitania hereditária; Pistorius, superatleta paralímpico, exemplo de superação, mata a namorada a tiros; outro desportista, o norte-americano Lance Armstrong, ídolo do ciclismo, é réu confesso na maior farsa que a história do esporte até hoje registrou; Teixeira escapa sorrateiramente para Miami e deixa no comando da CBF o octogenário Marín, filhote político do integralista Plínio Salgado (e afilhado de Paulo Malluf), para... renovar o futebol brasileiro; o Grêmio inaugura seu moderno estádio, não prevê a avalanche, e depois vem a trovoada contra o Huachipato, time chileno de uma cidade do tamanho de Guarapuava; Ronaldinho pede água para o amigo Rogério Ceni, despista, e faz a assistência para o gol do Galo (malandragem ou "malandragem"?); a Polinésia Francesa é, disparada, a melhor opção do mundo para recém-casados, mas na Copa das Confederações quem faz a lua de mel aqui é o Taiti; depois de testemunhar Cincão, Grecal e Júnior Team, ano que vem vamos deliciar um novo coquetel: Maripongas [Maringá com Arapongas]. Delícia. É geleia geral.

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O craque teuto-brasileiro

Recebi minutos antes de fechar a coluna, um telefonema de Paulo Rink. O vereador – que deve formar uma respeitosa ala esquerda na Câmara Municipal com Aladim – vai entrar para o rol dos quarentões.

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Pois é, a confraternização será na semana que vem, com uma espécie de Oktober Fest de fevereiro e com todos os ingredientes alemães.

A última vez que conversei pessoalmente com Paulo Rink foi em 1999, durante a Copa das Confederações, no México. Foi na véspera de Brasil x Alemanha. Tentei levá-lo até o centro histórico de Guadalajara para uma foto especial ao lado de Alex. Seria um Atletiba misturado no clássico interseleções, que, juntas, ganharam oito Mundiais.

Os alemães liberaram Rink, mas a chefia brasileira proibiu a saída de Alex. Mesmo assim foi interessante a entrevista e a foto que fizemos para a Gazeta do Povo – eu e o Moacir Domingues – com este curitibano, único brasileiro nato a jogar pela seleção alemã.

Detalhe lembrado pelo craque que, naquela tarde chuvosa, ficou no banco alemão: "Alertei nosso técnico sobre o talento do Alex, mas ele desdenhou", disse Rink. O Brasil goleou a Alemanha por 4 a 0, com dois gols de Alex.

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