Recebi ontem uma mensagem (torpedo) pelo celular, perguntando se eu era a favor ou contra a homeopatia. Não entendi a razão da enquete e levei um bom tempo para fechar o raciocínio de conceito sobre esta opção terapêutica.

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Bem, soube depois que neste sábado, às 10h23 (sic), haverá um protesto mundial contra homeopáticos. O objetivo dos ativistas é denunciar o desperdício de tempo e dinheiro representado por esses medicamentos paliativos que, segundo eles, não passam de água com açúcar. Comecei a entender a questão.

Mas o que tem a ver remédios com esta coluna dedicada ao esporte? Homeopatia é aquela coisa delicada, que trabalha com substâncias naturais, com plantas, enfim. Lembra gota d’água, pesquisa, transparência... Opa, transparência? Eureka!

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Aí está o divisor de águas. O mercado do futebol está viciado pelo imediato e sem transparência. Justo aí aparece a figura do representante com suas rechonchudas malas de amostras grátis. São vídeos e mais vídeos. Drogas para todos os gostos. Produtos novos, genéricos e até para testes de mercado.

Negociam-se atletas apenas por mostruário – exceção aos tarja preta que exigem mil formalidades. Nos grandes centros (Rio e São Paulo), a onda agora é repatriar famosos. Rivaldo fez uma bela estreia e Ronaldinho Gaúcho levou a torcida do Flamengo ao êxtase. Estimulado, Ronaldo funcionou algumas vezes bem, até a eliminação precoce do Corinthians. Não satisfez e foi vaiado. É o tal efeito Viagra, medicamento que o mundo todo também conhece.

Prefiro, no dizer dos céticos e anti-homeopáticos, aquilo que eles chamam pejorativamente de "água com açúcar." No mínimo acalma, controla o soluço e não é desperdício. Sem rejeitar, porém, casualmente, o convencional.

E no futebol, onde estão afinal os homeopáticos, tratados com transparência, sem efeitos colaterais e muito mais baratos? Para não ir muito longe, alguns deles – Jociel, João Carlos, Henrique, Fransérgio e outros – estarão na Arena amanhã. São gotas d’água que não transbordam. Curam.

O "burro" e o Cavalo

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Nenhuma conotação com a fábula de La Fontaine, mas depois do jogo de Cascavel, o treinador Sérgio Soares foi chamado de "burro" pela torcida do Atlético e pediu para sair. Se ficasse, a carga estaria pesada para o seu lado, o que de certa forma aliviaria a pressão sobre Roberto Cavalo. O técnico do Paraná, por sua vez, tem sido prestigiado pela diretoria e o peso que carregou sempre foi menor. Agora que Soares "morreu", a responsabilidade maior pode pesar no lombo de Cavalo.

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