• Carregando...

Há exato um ano, no dia 11 de junho, começava a Copa da África. Até parece que foi ontem. Lá estava nossa equipe da Gazeta para cobrir o quinto Mundial seguido. Junto com o repórter Robson De Lazzari e o fotógrafo Albari Rosa, saímos aqui de Curitiba no mesmo vôo da seleção. Dias depois o time ficou completo com a chegada dos jornalistas Carlos Vicelli e Márcio Reinecken, além do também fotógrafo Valterci Santos.

Tivemos 48 dias de trabalho intenso. Tudo foi muito bom e nem mesmo a baixa temperatura ou a derrota para a Holanda, tiraria o calor humano de uma Copa, acima de tudo, humana. No campo ganhou a Espanha, mas fora dele só o tempo dirá. Um ano depois o relatório está em nossas páginas de ontem, hoje e amanhã. Márcio Reinecken e Albari Rosa voltaram para a África do Sul para um balanço real do que é um pós-Copa, com um alerta para o Mundial do Brasil.

Entendo que sediar uma Copa não deixa nenhum país rico. Sei também que alimenta a saúde financeira e engorda a conta bancária de muitos oportunistas. Mas um evento popular como este, deixa o povo feliz. Aumenta sua alto-estima. Estimula mais a fiscalização de todos. O interesse pelo patrimônio público fica escancarado. É amplo. Diferente dos túneis de Maluf ou dos escândalos do Banestado, para citar apenas dois, onde a população fica alienada. Pior: sem circo e sem pão.

Na verdade, a grande vilã é a Fifa. Que morde e assopra. Que obriga países em desenvolvimento a construir megaestádios, para satisfazer o Capo e seus patrocinadores. Isso mexe desde a cabecinha do Romário até a nossa soberania de estado. É uma imposição desafiadora. Arrogante.

Eu não sou refratário à Copa no Brasil. Existe prós e contras. Há benefícios muitos, assim como falcatruas. É impossível afirmar se a Copa de 2014 será um bom negócio ou não para o Brasil. Afinal, "nada é absoluto, salvo a certeza absoluta de que tudo é relativo (Einstein)".

O globo simbólico

O Coritiba não perdeu. Ele deixou de ganhar a Copa do Brasil. Mas foi tudo muito bom. Até por que dentro do planejamento elaborado, calculava-se alcançar a "Libertadores" daqui a dois anos, em 2013. A caminhada Alviverde foi pra lá de Bagdá.

É claro que ganhar o jogo e assistir o outro comemorar é frustrante. A própria vida em geral, porém, é um constante oscilar. Conhecer estes ciclos permite conviver com frustrações. Ninguém que tenha experimentado o sucesso em qualquer área está imune à queda.

O Coritiba e seus torcedores devem aprender a compartilhar do entusiasmo pelo seu próprio globo simbólico que está sempre girando. E que já deu nos últimos meses, uma guinada de 180º. Eventuais ciclos de descendência, afinal, devem ser aquecidos pela fé da retomada da ascensão. O Brasileiro está apenas começando.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]