Os clubes grandes e médios do futebol europeu estão virando casa de apostas para megainvestidores que embolsam generosas quantias com pouco risco. Se lá existe o glamour de Las Vegas com apostas bilionárias no Manchester, Chelsea, PSG, por aqui estamos caminhando a passos de "jogo do bicho".
Para sobreviver, não há um padrão definido no Brasil. Uns buscam criar uma carteira mensal com o aumento de sócios, caso específico da dupla Grenal, de onde Coritiba e Atlético se espelham. Outros, como Palmeiras e Santos, tentam atrair investidores de fora, buscando equilibrar as contas para vender um produto saudável. O Paraná entrou no mercado de ações.
Enquanto capengamos, toda especulação é válida. Até o finado Reverendo Moon, empresário-religioso multimilionário, morto no ano passado, investiu no futebol do Atlético Sorocaba, hoje na elite do Campeonato Paulista. Dizem, aliás, só por milagre aconteceu a estranha classificação do clube na última rodada do acesso.
Na esteira da eleição de um papa argentino e amante do futebol, fica o desafio: a cidade-estado do Vaticano, com um patrimônio de mais de meio bilhão de dólares também pode entrar nesse mercado? E Edir Macedo, o bispo mais rico do mundo, toparia investir no futebol? Afinal, o futebol é laico e o investimento nada tem a ver com a religião. Fica para Coritiba e Paraná conversarem com o bispo e o papa. Com muita fé para alinhar um grande negócio, pode nascer aqui o trio de ouro, pois o Atlético já tem o seu deus.
Erva Daninha
0 gramado da Vila Capanema já foi o melhor do estado para os padrões da época anos 50 e 60. Parecia um jardim bem cultivado. O visual de uma grama bem tratada estimula o torcedor que paga para uma atividade de lazer que vai além do jogo em si. É como apreciar o Jardim Botânico, Hyde Park de Londres ou o Jardin des Tuileries de Paris, somando ainda um show para divertimento. Para o atleta, melhor ainda.
Dessa vez a erva daninha mudou de lado. O agrônomo (que culpou o jardineiro) usou o produto errado no momento indesejado. Conclusão: interferiu para que o ruim se tornasse péssimo. O campo amanhã estará mais propício para rodeio do que para futebol. Acho que todos os gramados deveriam ser perfeitos. É uma questão de custo/benefício que a maioria dos cartolas desconhece, pois raríssimos jogaram futebol.
Por outro lado, sem essa de justificar a condição do campo para uma eventual má atuação. Afinho, Hidalgo, Sicupira e outros craques enfrentaram campos esburacados, alguns até com cupim e formigueiro. E jogavam muito. A bola pipocava nas arrancadas de Pelé e ele a conduzia ziguezagueando adversários e touceiras. Sem choradeira. O clássico de amanhã sai sim.
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