A criação do Comitê de Reformas para o futebol, concebido no útero da CBF atual, nasce sem nenhuma esperança de vida saudável. Os 17 membros que compõe o grupo, representando diversos setores ligados ao mundo da bola – advogados, representantes de clubes, ex-jogadores, etc. –, podem até trazer boas ideias, mas o pilar, a viga mestra continuará sendo a mesma.
Também acaba mascarando por um tempo (enquanto essa comissão durar) o balaio de gatos que faz da CBF uma entidade moralmente falida.
Sobre o Comitê, a CBF fala em “aprimorar práticas corporativas e fortalecer os conceitos de modernidade, transparência e ética dentro dos mecanismos que movimentam o esporte mais popular do Brasil...”, e por aí vai.
O indisfarçável cinismo vai além, dizendo que tudo isso foi “inspirado no formato adotado pela FIFA para revisão de seus processos, sendo o mais moderno da América do Sul”.
Bem, se as confederações de países vizinhos, e a FIFA servirem como referências, não têm como discordar. Não me parece, no entanto, que sejam entidades dignas de comparações.
O coronel Nunes, atual chefe do estado maior do futebol brasileiro, ficou 20 anos na presidência da federação do Pará, mamando nas tetas do governo daquele estado. O repasse do poder público para o futebol comandado por Nunes era de R$ 8 milhões. Além do “cafezinho” de R$ 15 mil mensais de uma CBF presidida por Ricardo Teixeira, Marín, e Del Nero.
Pessoas como o coronel Nunes precisam de colaboradores do bem, desde que a última palavra, claro, seja a sua. Neste Comitê, creio, tem muita gente qualificada, sem vínculo com a CBF – devem receber um cachê mensal na ordem de R$ 5 mil –, e estarão ali para dar ideias.
A pergunta é, dá para acreditar que esta jogada midiática da CBF mude alguma coisa (para melhor) no futebol brasileiro? Bem, para que não me rotulem de pessimista, agourento, percebo que há um fio de esperança. Esperança que está num dos componentes do tal Comitê. Parreira. Lembram-se dele?
Pois é, foi dele a genial afirmação de que “a CBF é um exemplo. É o Brasil que deu certo”. Também da sabedoria do professor o dito “o gol é apenas um detalhe”. Portanto, um alívio. O tal 7x1 foi apenas um detalhe. Assim como o desemprego e a inflação.
Está aí o cara: Parreira. O estadista que falta para o país dar certo. Xô pessimismo!
Algo de novo
Tenho corrido atrás de novidades pelos rincões do estado neste Campeonato Paranaense. Toledo, Foz do Iguaçu, Maringá, Londrina... Belas contratações do Paraná Clube, seriedade de Atlético e Coritiba. O que mais me encantou, porém, e que serve de exemplo, foram as gandulas do Toledo. Garotas são mais disciplinadas do que meninos.
Governadores e oposição articulam derrubada do decreto de Lula sobre uso da força policial
Tensão aumenta com pressão da esquerda, mas Exército diz que não vai acabar com kids pretos
O começo da luta contra a resolução do Conanda
Governo não vai recorrer contra decisão de Dino que barrou R$ 4,2 bilhões em emendas