Assisti à entrevista de Mário Celso Petraglia, conduzida com objetividade, elegância e respeito pelos companheiros André Pugliesi e Fernando Rudnik no site da Gazeta.
Em tese, o dirigente foi coerente ao discurso usual – e que não há como discordar - da independência dos clubes em relação às federações, e à criação de ligas.
Não houve polêmica, sim pontos de vista e esclarecimentos. Como nunca antes na condição de presidente (agora do Deliberativo), percebi uma certa cautela de Petraglia, ao separar a instituição Atlético de suas convicções até então cesaristas. “Para confrontar com o poder há que se ter coragem, mas respeitando a instituição que se representa”, disse ao falar do confronto com a CBF e redes de televisão.
Foi uma entrevista bem diferente da que assisti meses atrás no Fox Sports, quando Petraglia referiu-se à imprensa do Paraná como “a pior do Brasil”.
A proximidade de momo faz bem a todos. Ou saracoteamos na folia, ou nos recolhemos à meditação. Bom carnaval a todos!
Do dengo à dengue
Na esticada das férias– obrigado, chefia! – saí do ritmo olímpico do Rio de Janeiro para Foz do Iguaçu. Tanto lá como aqui (Foz, onde estou), a preocupação é a mesma, o mosquito.
Aqui são mais de 500 casos de dengue. O volante Adrian, do Azulão da fronteira, foi um dos atingidos pela doença. Outros dez jogadores e dois integrantes da comissão técnica também precisaram ser internados, neste caso, apenas por intoxicação alimentar. Tudo antes do jogo com o Coritiba, quarta-feira.
No final de janeiro, participei do seminário “Os Jogos Olímpicos e a Transformação do Rio de Janeiro”, no auditório do Museu do Amanhã. Além de políticos e cartolas (Pezão, Eduardo Paes e Nuzman), a participação de técnicos das áreas de urbanismo, engenharia, finanças, comunicação e saúde foram relevantes. Quem roubou o espetáculo, porém, foi Lars Grael. O velejador foi aplaudido de pé, após a aula que deu sobre os descuidos com a Baía de Guanabara. Grael contou também das amarras que dificultam as coisas no Brasil. Demorou oito meses a briga entre ecologistas e prefeitura para começar a despoluição da Lagoa Rodrigo de Freitas.
O ex-atleta é otimista com os Jogos, mas foi quem bateu mais forte nas burocracias.
Também acho, comparando com os Jogos que acompanhei de Barcelona-1992 para cá, o Rio e o Brasil crescerão muito como polo turístico. Desde que os terroristas cruéis, imprevisíveis não estraguem a festa. Precisamos “negociar” uma trégua na Olimpíada, com todas as facções criminosas de mosquitos.
É o fim da picada!
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